Bolsonaristas da Paraíba saem em defesa do deputado Daniel Silveira, preso por ofensas ao STF

Por ANGÉLICA NUNES

Bolsonaristas da Paraíba saem em defesa do deputado Daniel Silveira, preso por ofensas ao STF
Foto: Arquivo Pessoal/Instagram

Se a lealdade se paga em tempos de adversidade, os deputados estaduais Cabo Gilberto (PSL) e Wallber Virgolino (Patriotas) pagaram a sua na noite desta terça-feira (16) quando usaram as redes sociais para prestar solidariedade ao deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). O colega de caminhada ‘bolsonarista’ foi preso em flagrante ontem, após publicar vídeo com ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. No vídeo, Daniel Silveira, que ficou conhecido por danificar uma placa de rua com o nome de Marielle Franco, “além de atacar frontalmente os ministros do STF”, “propaga a adoção de medidas antidemocráticas (…), defendendo o AI-5”, instrumento de repressão da ditadura no Brasil.

Cabo Gilberto questionou no Instagram a decisão e acusou o Supremo de “rasgar a constituição” e pediu o afastamento imediato do ministro Alexandre de Moraes.

“Toda nossa solidariedade ao deputado @daniel.l.silveira que acaba de ser preso por determinação do Ministro do STF Alexandre de Morais. A constituição federal está sendo rasgada todos os dias a cada decisão do ministro. O senado federal tem que afastar o ministro Alexandre Morais urgentemente. Temos que lutar contra a ditadura da toga!”, postou Cabo Gilberto.

O deputado Wallber Virgolino se limitou a compartilhar um vídeo do próprio Daniel Silveira, no momento em que a Polícia Federal chegou em sua residência com a legenda. “Constitucionalmente falando, a Prisão legal ou arbitrária”, questionou o Patriota.

O deputado foi detido no fim da noite em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Após passar por exames no Instituto Médico Legal (IML), Silveira foi levado ao prédio da Superintendência da PF por volta de 1h30. A decisão deve ser analisada pelo plenário do STF na sessão desta quarta-feira (17).

Mesmo em flagrante e por crime inafiançável, a prisão de um deputado federal precisa passar pelo crivo da Câmara. Na decisão, Moraes diz que o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), deve ser “imediatamente oficiado para as providências que entender cabíveis”.