Efraim Filho e Aguinaldo Ribeiro: quem estará mais forte em 2022 para ser o candidato de João Azevêdo ao Senado?

Por LAERTE CERQUEIRA 

Efraim Filho e Aguinaldo Ribeiro: quem estará mais forte em 2022 para ser o candidato de João Azevêdo ao Senado?

Pelo menos dois nomes estão mais fortalecidos na disputa para ser o candidato do governador João Azevêdo (Cidadania) ao Senado, ano que vem: Efraim Filho (DEM) e Aguinaldo Ribeiro (PP). É uma única vaga.

Com pelo menos uns três passos atrás está o filho do deputado federal Wellington Roberto (PR), Bruno Roberto (PR). Bruno até uma semana atrás, nem figurava nessa lista. Coube ao pai anunciar que o filho vai para disputa.

Como é um homem de bastidor, municipalista e que trabalha no silêncio, não dá para subestimar. Mas, a preço de hoje, não está na lista de prioridades no cenário do governista. Até porque precisa, de fato, assumir essa posição.

Sem falar que WR está entre os bolsonaristas do Congresso e o próprio governador mandou uma recado esta semana, afirmando que na chapa dele não há espaço para essa “direita”.

Efraim 

Ciente de que precisa de capilaridade para chegar em 2022 com muitos apoios e com nome forte, o deputado Efraim Filho pavimenta o caminho para ser o escolhido. Tem se antecipado, com cautela, para não errar, mas já olha com obstinação para o cargo.

A favor dele, a capacidade de agregar, a liderança, a experiência nas articulações com os pares, a relação com parlamentares, prefeitos, lideranças políticas do Sertão. Até agora tem feito um trabalho preciso. O pai, Efraim Morais, é secretário do governo. O que mantém os laços bem estreitos.

Aguinaldo

Mas Efraim tem um peso pesado na frente: Aguinaldo Ribeiro. Influente em Brasília, distanciando-se do Centrão bolsonarista, amarrou bem o governo João Azevêdo ao seu grupo.

Para Azevêdo, uma ruptura com Ribeiro, gera perdas de parte do eleitorado em Campina Grande, do apoio das lideranças políticas capitaneadas pelo progressista no Sertão e pode ficar sem o apoio do prefeito Cícero Lucena, na capital, mesmo partido de Aguinaldo.

Ou seja, nas contas do governo, nessa conjuntura, perder Aguinaldo significa um prejuízo grande. Por tudo isso, a vontade dele de ir para o Senado, pode engolir as pretensões de Efraim.

Aguinaldo, que é pragmático, vai usar isso a seu favor. Até porque tem opção viável para uma eventual ruptura: lançar a irmã, a senadora Daniella Ribeiro (PP), como candidata ao governo contra o atual aliado.

Cenário de ruptura 

Nesse cenário, a oposição a João (candidato à reeleição) se fortalece. Seja com Daniela sozinha, seja unida com os Cunha Lima, que já se “armam” para fazer frente a Azevêdo em 2022, com Romero Rodrigues (PSD) ou Pedro Cunha Lima (PSDB).

E com Ribeiro e sem Ribeiro, ainda tem outro grupo que João quer manter próximo para se fortalecer na Rainha da Borborema: o grupo liderado por Veneziano Vital (MDB) que já declarou apoio ao atual governo e tem a mulher como secretária de estado, Ana Claudia.

Na montagem da “frente governista”, também devem ser discutidos os termos de possíveis candidaturas e apoios para vagas na Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa para Lucas Ribeiro, vice-prefeito de Campina; Ana Claudia, mulher de Vené; George Morais, irmão de Efraim; Mercinho Lucena, filho de Cícero e vice de Cabedelo.

Tem muita peça para se encaixar.  Por isso, vamos acompanhar para ver quem se mexe melhor e para onde a conjuntura vai levar os nomes e como eles chegarão ano que vem.