Na Paraíba, Marcelo Queiroga diz que preocupação com Covaxin é “praticamente zero”

Por ANGÉLICA NUNES e LAERTE CERQUEIRA

Na Paraíba, Marcelo Queiroga diz que preocupação com Covaxin é "praticamente zero"
Foto: reprodução/Instagram

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mal desembarcou em João Pessoa e foi logo questionado sobre as denúncias de superfaturamento na compra da vacina indiana Covaxin. O paraibano disse que a preocupação “é praticamente zero” quanto às investigações paralelas que correm no Ministério Público Federal (MPF) e no âmbito da CPI da Covid no Senado.

A declaração de Queiroga, inclusive, foi dada durante encontro com o prefeito Cícero Lucena (PP), na tarde desta sexta-feira (25), mesmo momento em que a CPI no Senado interrogava o deputado Luiz Miranda e o irmão, Luiz Ricardo, que servidor do Ministério da Saúde. Eles foram os que trouxeram o caso à tona.

O paraibano disse que o MPF tem “a propriedade dele de fazer as análises devidas”, mas, em relação ao Ministério da Saúde ele assegura que não foram adquiridas nenhuma dose dessa vacina, nem também da Sputnik V, que também obteve da Anvisa autorização provisória para a compra pelo Brasil.

“Esse contrato não foi feito na nossa gestão, isso tá sendo analisado pela consultoria jurídica do Ministério da Saúde e a preocupação coma Covaxin é praticamente zero”, destacou o ministro.

A resposta foi menos evasiva do que prestada ontem, quando também foi perguntado sobre o posicionamento do governo em relação às denúncias. Queiroga encerrou uma entrevista após ser questionado se o imunizante será comprado pelo preço que foi negociado, mais caro do que o de outras vacinas

Reunião com Cícero

Em João Pessoa, Marcelo Queiroga cumpre intensa agenda política, nesta sexta, com Cícero Lucena e, amanhã (26), com o governador João Azevêdo (Cidadania). Também visita órgãos técnicos da sua área da saúde, como o Conselho Regional de Medicina e a Superintendência de Saúde.

No encontro com o prefeito hoje, além de promessa de apoio do governo federal a projeto de obras que precisam de recursos federais, como de novas unidades de saúde e hospitais, ficou apenas o aceno de afinidade política. Também de ações de marketing: o ministro fez uma visita ao drive thru de vacinação, imunizou uma pessoa e até dançou forró com outra fantasiada de coronavírus.