O governador João Azevêdo (Cidadania) determinou aos comandos da Polícia Militar da Paraíba a tomada das providências necessárias para coibir a ‘greve branca’ de uma ala de policiais militares que seguem em protesto por melhorias salariais e de condições de trabalho. A ideia é punir atos de indisciplina e quebra de hierarquia na tropa, com a devida punição aos responsáveis. A decisão foi anunciada através de um vídeo, divulgado nesta segunda-feira (24) em suas redes sociais.
Na publicação, João Azevêdo também disse que não se furtará em nenhum momento a acionar o Ministério Público e a Justiça paraibana, se for o caso, para restabelecer as funções hierárquicas e constitucionais das forças de segurança”. “Espero não ter que fazê-lo, mas para manter a ordem e a convivência harmônica da sociedade paraibana jamais fugirei às minhas responsabilidades”, antecipou.
Politização
Sem citar nomes, João Azevêdo também lamentou a politização praticada por setores minoritários da tropa. O recado era para o deputado Cabo Gilberto (PSL), que é líder da oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba e vem patrocinando eventos de rua contra as propostas apresentadas pelo governo. O acordo firmado com a categoria foi enviado ao Legislativo como Medida Provisória e deve ser alvo de novos embates ao ser analisada.
“Para proteger a população e manter a ordem, irei às últimas consequências. Não admitirei coisas do tipo como operação padrão ou greve branca, como foi insinuado em áudios e vídeos por quem está na política e tenta usar os policiais para confrontos inconstitucionais e fora de propósito. Policial é para combater o crime, promover a paz social e proteger a sociedade. E não para fazer política partidária e eleitoral nos quartéis e dentro da categoria”, declarou o governador.
Avaliação
O chefe do Executivo estadual destacou a disposição do governo para dialogar com a categoria e os avanços conquistados, a exemplo de 100% da incorporação da bolsa desempenho e do aumento dos plantões extras. “Reivindicações antigas e históricas da categoria foram atendidas, a exemplo da paridade entre os policiais da ativa e os aposentados e pensionistas. Demos um reajuste salarial de 10% a todos, aumentamos plantões extras em até 92,9% para cabos, soldados e sargentos e do cartão alimentação em 24%. A menor remuneração de um soldado será de R$ 4.206, 87, incluindo os plantões este valor poderá chegar a R$ 6.800,00, podendo ser ainda maior se as horas forem prestadas em finais de semana, o que elevará a remuneração total de um soldado ao patamar acima de R$ 8.000,00”, acrescentou.
Ele ainda evidenciou os investimentos que o governo tem feito para assegurar condições adequadas de trabalho aos militares. “Além da questão salarial nós realizamos mais de 7,7 mil promoções de policiais nos últimos três anos. Investimos pesado em armamentos, viaturas, coletes, munição, equipamentos e câmeras de monitoramento, dotando nossas polícias com o que há de mais moderno pra se combater a criminalidade e oferecer segurança ao nosso povo. Prova disso foram os sucessivos índices positivos e as premiações nacionais que reconheceram nossas policias como uma das melhores do país, sendo a primeira do ranking no Norte/Nordeste”, falou.
Confira o texto do vídeo na íntegra:
Quero me dirigir, neste momento, a todos os paraibanos e paraibanas, no sentido de tranquilizar a população de um modo geral sobre movimentos que estariam ocorrendo dentro da polícia militar e que possam comprometer o clima de segurança e estabilidade que nosso estado vem desfrutando nos últimos tempos.
Qualquer reivindicação salarial é legítima e democrática, desde, é claro, que seja feita nos limites da lei e da ordem. Desde o início do ano abri diálogo, pessoalmente, com as entidades representativas de todos os trabalhadores que fazem parte da segurança pública em nosso estado. Atendemos a maioria de seus pleitos e o que não foi possível atender neste momento, devido a Lei de Responsabilidade Fiscal e a capacidade financeira do poder público, nós comunicamos olho no olho e, em alguns casos, nos comprometemos em implantar quando fossem estabelecidas as condições adequadas.
Reivindicações antigas e históricas da categoria foram atendidas, a exemplo da paridade entre os policiais da ativa e os inativos e pensionistas. Todos tiveram o mesmo aumento salarial. Resolvemos a questão da chamada Bolsa Desempenho, um subterfúgio criado lá atrás pra não se dar aumento real de salário, principalmente aos reformados. Já neste mês de janeiro todos, ativos e inativos, receberão a incorporação de 20% do valor da bolsa, com o compromisso assumido de completar os 100% nos próximos quatro anos.
Demos um reajuste salarial de 10% a todos, aumentamos plantões extras em até 92,9% para cabos, soldados e sargentos e do cartão alimentação em 24%. A menor remuneração de um soldado será de R$ 4.206,87, incluindo os plantões este valor poderá chegar a R$ 6.800,00 podendo ser ainda maior se as horas forem prestadas em finais de semana, o que elevará a remuneração total de um soldado ao patamar acima de R$ 8.000,00.
Isso tudo vai impactar a folha salarial em R$ 250 milhões por ano, apena com a segurança. Além da questão salarial nós realizamos mais de 7,7 mil promoções de policiais nos últimos três anos. Investimos pesado em armamentos, viaturas, coletes, munição, equipamentos e câmeras de monitoramento, dotando nossas polícias com o que há de mais moderno pra se combater a criminalidade e oferecer segurança ao nosso povo. Prova disso foram os sucessivos índices positivos e as premiações nacionais que reconheceram nossas policias como uma das melhores do país, sendo a primeira do ranking no Norte/Nordeste.
Apesar de tudo isso que está sendo feito, existe um movimento político no interior da tropa que insiste em não reconhecer todo esse esforço e trabalha com a desinformação pra fomentar um clima de acirramento e divisão interna no seio da polícia militar.
Quero dizer a estes setores minoritários que não vamos tolerar a indisciplina e quebra de hierarquia na tropa. Já determinei aos comandos militares que tomem as devidas providencias para coibir quaisquer atos que caracterizem tais procedimentos e a devida punição dos responsáveis.
Para proteger a população e manter a ordem irei às últimas consequências. Não admitirei coisas do tipo como operação padrão ou greve branca, como foi insinuado em áudios e vídeos por quem está na política e tenta usar os policiais para confrontos inconstitucionais e fora de propósito. Policial é para combater o crime, promover a paz social e proteger a sociedade. E não para fazer política partidária e eleitoral nos quartéis e dentro da categoria.
Não me furtarei em nenhum momento a acionar o Ministério Público e a Justiça paraibana, se for o caso, para restabelecer as funções hierárquicas e constitucionais das forças de segurança. Espero não ter que fazê-lo, mas para manter a ordem e a convivência harmônica da sociedade paraibana jamais fugirei às minhas responsabilidades.
Muito obrigado e Deus abençoe a todos!
Lamentável que parte dos policiais esteja usando reivindicações antigas como meio de pressionar e prejudicar o governo estadual, em um movimento com claro viés político.
O governo estadual mostrou-se sensível às reivindicações salariais e concedeu reajustes, de modo de estes policiais deveriam voltar a cumprir com suas obrigações perante a sociedade.
Não é justo que a população sofre por conta de meia dúzia de policiais irresponsáveis, com ambições políticas.
A reivindicação dos PMs é que se cumpra a lei sobre a paridade dos PMs como auxiliares do exercito, bem como de ativos com inativos (que todos estados cumpriram ja, menos aqui). Esse aumento que o governo deu n foi nada mais q reajuste obrigatório devido o salário mínimo também ter aumentado. Em nenhum momento ele se sensibilizou pq ele sequer quer receber as partes para ouví-las (a nao ser algumas associações que ele pode subornar).
Não só a população fica prejudicada mas os profissionais desta luta também serão os principais prejudicados pois eles pagam impostos como qual que pessoa,o povo deveria brigar para não eleger mais ninguém pois só sabem enganar ,esse governador é um mentiroso usando essa mídia como comprometida como palanque, políticos neste país têm que ganhar salário mínimo pois não trabalham e não contribuem em nada para o povo.
Bom dia. Ai na Paraíba a situação para os pms ainda foi bom, foi concedida reajuste e a defasagem das gratificações, aqui em PE, é que está pior ainda, há 4 anos sem reajuste, e ainda esse ano o Sr Paulo Câmara até o momento não se manifestou em dá pelo menos a inflação do ano passado.