Eleição 2022 na Paraíba: troca de elogios entre Pedro e Queiroz tem tudo pra acabar em aliança

Movimentos de aproximação também pode beneficiar o pré-candidato ao Senado do PL, Bruno Roberto.

Pedro Cunha Lima. Foto: Divulgação
Eleição 2022 na Paraíba: troca de elogios entre Pedro e Queiroz tem tudo pra acabar em aliança
Pedro Cunha Lima. Foto: Divulgação

A semana acaba com uma troca explícita de elogios entre o pré-candidato ao governo da Paraíba, Pedro Cunha Lima (PSDB), e o pré-candidato ao Senado, o procurador da Fazenda Sérgio Queiroz (PRTB).

Pode ser o começo público de uma possível aliança para outubro. Público porque os dois já conversam nos bastidores sobre a possibilidade.

Por enquanto, cada um segue seu caminho, mas se espera que nos próximos meses os afagos tomem forma de parceria. Pelo menos do lado do grupo tucano, de acordo com apuração do Conversa Política, o torcida é grande.

A saber, Queiroz disse que Pedro é uma das “mentes mais brilhantes que conheceu”. Pedro, nesta sexta-feira (04), afirmou que o pastor Sérgio é um homem íntegro e qualificado.

É uma liderança com sensibilidade social, que realiza diversos trabalhos pela população através da igreja. A democracia do nosso país precisa de lideranças com este perfil, com integridade, capacidade de trabalho pelas pessoas e que pode trazer muitas contribuições para o Brasil”, destacou.

Sérgio quer ser um “candidato avulso”, mas sabe que precisa de uma base de apoio “formal”. Pedro é o caminho mais próximo e o que mais agrada.

Do outro lado, Pedro precisa de uma liderança de João Pessoa e Queiroz, com perfil diplomático e agregador, é o vice dos sonhos. Isso, falei vice.

Claro que uma aliança com o pastor sendo seu candidato ao Senado seria bom.

Mas se estivesse na vice, preencheria a lacuna com um nome da capital para chapa e  abriria espaço para um pré-candidato ao Senado, Bruno Roberto (PL), que tem atraído o apoio de muitos “tucanos” e aliados do grupo Cunha Lima.

Eleição 2022 na Paraíba: troca de elogios entre Pedro e Queiroz tem tudo pra acabar em aliança
Foto: Divulgação/Cidade Viva

Wellington e seu imã

Como habilidade de poucos nos bastidores, o deputado federal Wellington Roberto (PL) vai colocando tijolo na pré-campanha do filho com sangue verde.

Já tem o ex-prefeito de Campina, Romero Rodrigues (PSD); o prefeito de Guarabira, Marcos Diogo (PSDB), terá em breve outros colegas de parlamento, como o prefeito de Pedras de Fogo, Manoel Júnior (Solidariedade).

Com bolsonaristas?

Mas serão dois bolsonaristas com Pedro? Qual o problema?

PCL não quer misturar a disputa local com nacional (pelo menos tenta por meio da retórica).

Queiroz não deixara de defender seu presidente e Bruno e o pai, que tem o empenho de dezenas de prefeitos, abrirão o espaço que Bolsonaro precisa no estado, sendo inclusive do mesmo partido.

No mais, Bolsonaro (se reeleito) não precisa de um governador fiel, mas de parlamentares que sustentem sua governabilidade: Wellington na Câmara e o filho no Senado, já mostraram que farão isso.

Outros nomes 

Desses nomes mais a direita da majoritária sobraria o comunicador Nilvan Ferreira, pré-candidato ao governo pelo PTB.

Nada que a escolha de um outro cargo para disputar não resolva.

Afinal, sem grupo e apoio não dá para seguir em frente. Mas, a preço de hoje, Nilvan sabe que tem que se manter firme e continuar com nome nos palcos porque o protagonismo só aparece para quem está em plena atuação.

Outra configuração 

Se Sérgio Queiroz insistir na candidatura ao Senado, Nilvan poderia até compor com Bruno, como está previsto, a preço de hoje.

Mas Bruno e Wellington sabem que não é bom para ninguém dividir o eleitorado bolsonarista, que precisa escolher um único senador.

Nesse caso, Wellington trabalha para trazer para o filho o máximo de apoios ligados a Pedro. É uma forma de eliminar o adversário e aproximá-lo para assumir um espaço ao lado e não na frente.

Mas são muitos cenários…então melhor esperar o tempo gerar os movimentos.