Solidariedade suspende filiação de pré-candidato a deputado preso na Operação 5764

Jaciel é presidente da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária na Paraíba e está sendo alvo das investigações por participação em supostas fraudes nos contratos entre cooperativas de alimentos e entes públicos.

Foto: arquivo pessoal
Solidariedade suspende filiação de pré-candidato a deputado preso na Operação 5764
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O diretório estadual do Solidariedade decidiu suspender a filiação de Jaciel Franklin, lançado como pré-candidato a deputado federal pelo partido. Jaciel é um dos alvos dos dois mandados de prisão preventiva da Operação 5764, deflagrada na manhã desta quarta-feira (6), na Paraíba, pelo Gaeco do MP, TCE, com apoio das polícias civil e militar.

O presidente estadual do Solidariedade, Fábio Carneiro, explicou ao Conversa Política que Jaciel ingressou nos quadros do partido no fim da janela partidária. Ele era filiado ao PSD e pediu abrigo na legenda após o processo de troca de comando de Romero Rodrigues para Daniella Ribeiro.

“Não o conhecíamos bem e, diante desses fatos, determinamos a suspensão da sua ficha de filiação. Vamos acompanhar o desenrolar dos fatos e colocar para a executiva decidir se a desfiliação será em definitivo”, comentou Fábio Carneiro.

Jaciel é presidente da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária na Paraíba (Unicafes/PB) e está sendo alvo das investigações por participação em supostas fraudes nos contratos entre cooperativas de alimentos e entes públicos para aquisição de alimentos por meio de contratos firmados entre Cooperativas, governo da Paraíba e prefeituras.

As contratações decorrentes das dispensas de licitação investigadas totalizam o montante de R$ 754 mil, dos quais R$ 123 mil correspondem a danos ao erário já detectados”, dizem os investigadores.

Outro alvo

Além de Jaciel, também é alvo de pedido de prisão preventiva Marcelo Eleutério de Melo, gerente Executivo das Casas de Economia Solidária. Atualmente ele é vinculado à Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Economia Solidária (SESAES), da Paraíba.

Marcelo Eleutério foi condenado em 2019, a pena de dois anos e oito meses de reclusão, em regime aberto, pelo crime de apropriação indébita. Na época dos fatos, ele era gerente da empresa Capital Fiat e negociava a compra e venda de veículos seminovos e recebia, pessoalmente, as respectivas quantias pagas sem repassar para a empresa.