Abertura da ‘janela partidária’ deve provocar troca-troca na Paraíba; veja mudanças mais prováveis

Mudanças partidárias devem impactar vários partidos no Estado

Abertura da 'janela partidária' deve provocar troca-troca na Paraíba; veja mudanças mais prováveis
Foto: divulgação/alpb

Dias atrás o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu o calendário das eleições de 2022. Entre os prazos está o da ‘janela partidária’, período em que candidatos podem mudar de partido sem perder os cargos que já ocupam – como no caso de deputados estaduais e federais.

O calendário estabelece a ‘janela’ entre 3 de março e 1º de abril.

Veja outras datas do calendário eleitoral

Na Paraíba, assim como em outros Estados do país, a ‘janela’ deve provocar um troca-troca entre partidos.

Na Assembleia Legislativa, por exemplo, várias mudanças são dadas como certas.

Começando pelo presidente da ‘Casa’, Adriano Galdino, que deverá migrar do PSB para o Avante. Do mesmo partido também devem sair Jeová Campos, Estela Bezerra e Cida Ramos. Os três irão para o PT, mesmo partido do ex-governador Ricardo Coutinho e do ex-prefeito Luciano Cartaxo.

O PTB, dos deputados Wilson Santiago (federal) e Wilson Filho (estadual), também deve sofrer baixas. A expectativa é de que os dois deixem a legenda.

Uma outra possibilidade é a ampliação do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. É possível que nomes como o Cabo Gilberto aproveitem a janela para deixar o PSL, que fundiu-se recentemente com o Democratas no União Brasil, e sigam para o partido do presidente.

Já o deputado Anderson Monteiro pode deixar o PSC para disputar a reeleição por uma outra legenda.

Além da ‘janela’, há ainda uma outra variável: a criação das federações. Os partidos podem formá-las até março.

Uma das mais cogitadas uniria o Cidadania, do governador João Azevêdo, ao PSDB, do deputado e pré-candidato ao Governo Pedro Cunha Lima. Se ela vingar é provável que um dos dois deixará o seu partido de origem.

Há também a possibilidade de uma federação entre o PT, o PC do B e o PSB. A união das três legendas poderia, também, provocar modificações no Estado. É que o PSB, atualmente, está bem mais próximo de Azevêdo; e o PT, pelo menos a sua executiva estadual, caminha para fazer oposição ao projeto do Governo.

O fato é que nesse momento de pré-campanha todos os partidos e candidatos buscam mais espaços e recursos para a disputa em 2022. As ideologias e convicções quase sempre pesam menos que as possibilidades de crescimento e de ampliação do fundo eleitoral das legendas.

O pragmatismo da política estará, certamente, presente na ‘janela’.