Retinoblastoma, o câncer da filha do Thiago Leifert

(foto:Reprodução/Instagram)

Entenda o que é Retinoblastoma, o câncer da filha de Thiago Leifert.

“Oi pessoal, a gente está aqui para conversar com vocês sobre um assunto muito importante. Em outubro a gente descobriu que a nossa filha, Lua, está com câncer. Ela está com um tipo de câncer nos olhos, muito raro, que se chama retinoblastoma.”

A fala do apresentador Thiago Leifert e a mulher, a jornalista Daiana Garbin, nas redes sociais essa semana trouxe para a discussão um tumor  chamado retinoblastoma.

Retinoblastoma

O retinoblastoma é o câncer que atinge os olhos mais comum em crianças, mas é raro e responde por 3% dos cânceres infantis.

A incidência da doença é em torno de 1 caso para cada 15.000 nascidos vivos. No Brasil, a incidência é o dobro da registrada nos Estados Unidos da América e na Europa. 

É um tumor raro, que em geral se desenvolve antes dos 5 anos de idade e mais importante, pode ser curado quando diagnosticado precocemente.

Retinoblastoma, o câncer da filha do Thiago Leifert
Imagem divulgação

O tumor surge como um crescimento desordenado das células da retina, isto é, uma célula sofre mutação e passa a se multiplicar descontroladamente.

Muitos casos de retinoblastoma são hereditários e a criança tem uma mutação num gene supressor de tumor chamado RB1, que está presente em todas as células de seu corpo, inclusive nas que vão dar origem a óvulos ou espermatozoides.

Pode ser genético

Geralmente, eles herdam essa mutação de um dos pais. Nesses casos, o retinoblastoma se desenvolve no bebê antes de 1 ano de idade.

Os retinoblastomas podem afetar apenas um dos olhos ou os dois. Ainda pode estar associado com risco de tumores em outras partes do corpo como os ossos, por exemplo.

Sintomas

O sinal mais precoce desse tumor é uma mancha branca no olho, chamado de leucocoria. É fácil perceber a diferença na foto. Normalmente temos reflexo vermelho no olho quando disparado o flash da câmera, mas no olho comprometido, é comum aparecer uma mancha esbranquiçada.

Retinoblastoma, o câncer da filha do Thiago Leifert
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Outros sinais, como estrabismo (olhos em direção divergente), dificuldade visual, dor, aumento do volume do globo ou até inchaço podem anunciar que algo errado está acontecendo.

Fatores de Risco

Existem poucos fatores de risco conhecidos para o retinoblastoma.

Idade: ele é mais comum em crianças com menos de 3 anos.

Hereditariedade: um em cada três casos de retinoblastoma é causado por mutação no gene Rb1, presente em todas as células do corpo da criança. Destes, um a cada quatro casos é herdado de um dos pais da criança. Herdado de um dos pais ou não, quando todas as células do organismo têm a mutação, elas têm 50% de chances de transmitir essa mutação aos filhos futuramente.

Infelizmente no Brasil, 60% dos tumores são diagnosticados tardiamente, quando já não é possível salvar o olho, e às vezes nem a vida da criança. A precocidade do diagnóstico e o tratamento em centros especializados podem fazer a diferença. Quando diagnosticado precocemente, a taxa de cura supera 90%.

Teste do olhinho

Idealmente todas as crianças devem realizar o teste do olhinho ainda no primeiro ano de vida.  O cuidado frequente com a saúde dos olhos deve começar bem cedo. 

Esse teste pode detectar doenças como  catarata, glaucoma congênito ou outro problema, como tumores intraoculares.

É importante falar que a visita a um oftalmologista é essencial antes do primeiro ano de vida. Crianças com histórico na família de Retinoblastoma devem passar por consulta a examinar os olhos a cada 6 meses até os 3 anos.

Nesse momento, todas nossas orações para que Lua passe o mais rápido possível por essa batalha e que os seus pais possam em breve, anunciar a cura da pequena.