Laboratório de audiovisual da UFPB realiza experimento inovador no Brasil

Em parceria com outras instituições, o Lavid testou a trasmissão, a recepção e a execução de imagens em resolução 4K 3D, seis vezes melhor que a das TVs comuns.

Da Redação
Com UFPB

O Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (Lavid) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) realizou a primeira experiência brasileira de transmissão, recepção e execução de imagens em resolução 4K 3D (4096×2160 pixels). A experiência foi realizada em parceria com a Rede Nacional de Pesquisa (RNP), Mackenzie e Laboratório de Realidade Virtual da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), na última sexta-feira (12), em Natal, no Rio Grande do Norte.

A tecnologia é seis vezes melhor que a usada nas televisões comuns, que têm resolução de 640×480 pixels. A solução testada foi desenvolvida pela equipe do projeto Cinema Digital do Lavid da UFPB. A tecnologia permite a manipulação de imagens em resoluções acima de 4K por meio de softwares que servem para armazenar, transmitir e executar imagens com estereoscopia (3D).

O trabalho foi realizado pelo Grupo de Trabalho de Visualização Avançada, coordenado pelo professor da UFPB Guido Lemos. Durantes os testes, foram exibidos nos projetores do Lavid um jogo de futebol em resolução 4K 3D produzido pela Pós-Graduação em Cinema da Mackenzie.

Valor da experiência

A maior contribuição da tecnologia testada está no barateamento da infraestrutura para distribuição e exibição de filmes em 4K 3D e, consequentemente, uma popularização do processo de distribuição e exibição do cinema digital. Atualmente os filmes cinematográficos analógicos são gravados em película de 32 milímetros. O valor da cópia de um filme custa entre U$ 1.500 e U$ 2.500.

Por meio da digitalização, o cinema oferece novas possibilidades. A solução apresentada pelo Lavid oferece uma economia na infraestrutura da sala de exibição, com a utilização de um computador e projetor digital UHD.

Na parte da produção, com a necessidade do filme em formato digital e não mais em película, o processo é acelerado pelo uso de ferramentas de edição computacionais. Esta nova tecnologia ainda facilita o processo de distribuição, uma vez que o filme pode ser enviado aos exibidores por meio de redes de alta velocidade. A solução desenvolvida no Lavid torna o Brasil um dos atores no cenário internacional da disputa tecnológica do cinema digital.