Mulheres da PB dedicam 11 horas a mais do que homens aos afazeres domésticos; índice é maior entre pretas e pardas

Dados são da PNAD C e atividades incluem o cuidado de pessoas em 2022. Pesquisa foi divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (11).

Mulheres dedicaram 11,5 horas a mais que os homens aos afazeres domésticos em 2022. (Foto: Freepik)

Em 2022, as mulheres a partir dos 14 anos dedicaram cerca de 23,9 horas semanais aos afazeres domésticos ou às tarefas de cuidado de pessoas na Paraíba. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD C), divulgada nesta sexta-feira (11), pelo IBGE, o dado aponta que foram 11,5 horas a mais que as dedicadas pelos homens para as mesmas atividades (12,4).

O levantamento mostra que a carga horária trabalhada pelas mulheres paraibanas é a 6ª maior do país e ficou acima das médias nacional (21,3) e regional (23,5).

No estado, cerca de 2,6 milhões de pessoas realizaram afazeres domésticos no próprio domicílio ou em domicílio de parente. Do total, 1,4 milhões eram mulheres.

A pesquisa indica que a taxa de realização de afazeres domésticos no próprio domicílio ou em domicílio de parente foi maior entre mulheres pardas (90,7%) e pretas (90,5%), e menor entre brancas (88,9%). A taxa foi mais forte entre as que tinham o ensino médio completo e o superior incompleto (93,9%).

Já entre entre os homens, isso ocorria entre os que tinham o superior completo (80,4%).

Tipos de afazeres domésticos

De acordo com a pesquisa, a atividade mais realizada pelos homens foi fazer pequenos reparos ou manutenção do domicílio, do automóvel de eletrodomésticos ou outros equipamentos. Nesse caso, foi registrado 62,4% entre os homens e 32,7% entre as mulheres.

Já em atividades como preparar ou servir alimentos, arrumar a mesa ou lavar a louça; e cuidar da limpeza ou manutenção de roupas e sapatos, o número de mulheres correspondeu a 95,4% e 92,4%, respectivamente. Quase o dobro dos percentuais observados entre os homes, de 51,7% e 51,9%.

Em cuidados de moradores do domicílio ou parentes não moradores, o levantamento aponta  que 32,8% realizavam a atividade, em 2022. O número ficou acima das médias brasileira (29,3%) e regional (30,1%). Nessa tarefa, o número foi mais alto entre as mulheres (39,8%), pardas (34,7%) e com 25 a 49 anos de idade (43,8%),