Fui ver o musical Cartola, O mundo é um moinho.
Em dia de feira no Centro de Convenções, o acesso ao teatro A Pedra do Reino é ruim.
Vamos ao espetáculo.
A escola precisa de um enredo pra cima.
O samba de Cartola é impregnado de melancolia.
Com outras palavras, isso é dito no palco.
E parece ser esse o problema do espetáculo.
Fiquei com a sensação de que estava diante de dois espetáculos.
Um, no presente, é como um humorístico de televisão.
O outro, no passado, reúne cenas da vida difícil de Cartola e da sua grande música.
Os dois não se encontram no texto didático em demasia e nos personagens e situações excessivamente caricatos.
Mas há a música, muito bem dirigida por Rildo Hora.
O resgate desse repertório é sempre louvável.