A invasão ocorrida no município de Princesa Isabel, Sertão do Estado, no último dia 28, revelou a fragilidade das cidades da Paraíba que fazem divisa com os Estados vizinhos. Desde a desativação da Operação Manzuá, que atuou no Estado por 24 anos, em 2011, a responsabilidade da segurança nas rodovias estaduais é dos policiais do Batalhão de Polícia de Trânsito Urbano e Rodoviária (BPTran). Para a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Seds), o novo modelo de policiamento nas estradas tem surtido efeito. Porém, o fim da Manzuá ainda divide opiniões.

As equipes de policiais da Operação Manzuá atuavam em postos fixos em diversas partes do Estado e, inclusive nas estradas federais, em trechos das BRs-101 e 230, nas proximidades da saída da Paraíba para outros estados. Este modelo de policiamento foi o que motivou a substituição da Manzuá pelo policiamento móvel, realizado pelo BPTran. De acordo com o secretário de Segurança Pública do Estado, Cláudio Lima, a Manzuá já não atendia às necessidades e aos objetivos de proteger as entradas e saídas das cidades.

Para coibir ações criminosas e oferecer segurança nas estradas, as fiscalizações das equipes do BPTran atuam com delegacias móveis, além da realização de blitzens em pontos alternados das rodovias. Segundo o comandante do BPTran, tenente-coronel Paulo Sérgio Oliveira, com a atuação do Batalhão, os acidentes de trânsito reduziram pela metade, em cidades como João Pessoa, Guarabira Campina Grande e Patos.

“Hoje, como a operação é itinerante, a situação ficou favorável à polícia, principalmente com as blitzens e fiscalizações 'surpresas', em que nós apreendemos muitos veículos irregulares. Além da apreensão de armas e drogas, que são consequência”, explicou o comandante.

Apesar dos resultados considerados positivos pela Polícia Militar e Seds, o efetivo de 503 policiais que atuam no BPTran é considerado pequeno para cobrir todo o Estado. Para auxiliar o trabalho do BPTran e reforçar a segurança nas divisas, a Paraíba participa, com os outros oito estados do Nordeste, da 'Operação Divisa Segura', iniciada há dois anos com o objetivo de combater e prevenir crimes de homicídios, tráfico de drogas e assaltos na região, principalmente em instituições bancárias.

Segundo a assessoria de comunicação da Seds, desde fevereiro deste ano, a Paraíba coordena as ações da Operação.