Obama diz que não vazaram informações sigilosas da CIA

FBI investiga se a amante do ex-diretor da CIA David Petraeus teve acesso a arquivos confidenciais do governo do país.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse ontem, em sua primeira entrevista desde a reeleição, que o escândalo que veio à tona com a renúncia do general David Petraeus da chefia da CIA, na última sexta, ainda não revelou nenhuma evidência de que houve vazamento de informações sigilosas.

Obama disse ainda que respeita a investigação em andamento e que, por isso, não está disposto, ao menos por enquanto, a criticar o FBI (a polícia federal americana) por não ter informado antes o Congresso do país ou a Casa Branca sobre a implicação do general em uma investigação.

Para o presidente, o caso começou com a investigação de um "crime em potencial". "É possível que, se soubéssemos antes, vocês [jornalistas] estariam aí, sentados, perguntando por que interferimos numa investigação criminal."

O democrata aproveitou a ocasião para elogiar Petraeus uma vez mais e para classificar o caso extraconjugal que ocasionou a renúncia de "questão pessoal". Ele disse que o país está mais seguro por causa do trabalho de Petraeus. "Que isso seja uma nota de rodapé numa carreira extraordinária."

De acordo com o jornal americano "Washington Post", o FBI está investigando se a amante do ex-diretor da CIA teve acesso a arquivos confidenciais do governo do país.

O adultério é crime militar nos EUA. No caso da CIA, ele é perigoso por causa de um possível vazamento de informações que comprometam a segurança do país e por tornar o adúltero um alvo fácil para chantagens.