Polícia investiga donos de carro de luxo por rachas em JP

Carros de luxo apreendidos continuam com a Polícia Rodoviária. Pelo menos mais cinco pessoas estão sendo investigadas.

Pelo menos outras cinco pessoas e seus carros de luxo estão sendo investigadas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e Polícia Civil na operação Velocidade Limitada, que apreendeu carros de luxo envolvidos em rachas na Grande João Pessoa em novembro do ano passado. Esta informação é da delegada Ranielle Vasconcelos.

A policial disse nesta segunda-feira (9) que com base no que já foi levantado a partir das fotos e gravações apreendidas na casa e computadores dos donos dos carros apreendidos no ano passado. “A participação de mais pessoas nos rachas não é descartada, mas, por hora, só temos subsídios para incluir na investigação outras cinco pessoas”, disse.

Em novembro, os proprietários dos carros apreendidos, um GM Camaro, um VW Gol e três Honda Civic, não foram presos, apenas tiveram as carteiras de habilitação suspensas por decisão da Justiça, que também autorizou a busca e apreensão nos apartamentos, casas e equipamentos de informáticas dos suspeitos.

As investigações começaram a partir de vídeos dos rachas publicados em sites de divulgação de vídeos na Internet. Por isso, durante as buscas foram apreendidos documentos, CDs e computadores, em que eram guardadas as imagens dos rachas.

Os carros permanecem guardados com a PRF, onde aguardam por novas perícias. Entre as irregularidades já encontradas estão chassis alterados e problemas na documentação de importação. “Um dos carros tem o motor de outro tipo de veículo, em quase todos faltam itens obrigatórios de segurança e há ainda outro com indícios de adulteração de chassis”, disse Ranielle Vasconcelos.

Por conta disso, os donos dos carros apreendidos ainda não sabem quando ou mesmo se terão seus veículos de volta. “Mesmo que a Justiça decida que ele podem ter os carro de volta, os proprietários terão que regularizá-los no Detran e pagar todas as multas que receberão pelas irregularidade, antes de poderem retirá-los”, explicou a delegada.

Ainda assim, segundo o promotor chefe do Gaeco, Octávio Neto, como os carros são “instrumentos do delito”, a Justiça pode entender que eles não devem ser devolvidos aos donos e sim ficar à disposição da polícia ou mesmo serem consertados e depois irem a leilão.