Treze acusados de integrar grupos de extermínio são soltos, diz juiz

Dos sete PMs presos na operação Águas Limpas, cinco foram liberados e dois permanecem presos. Todos ainda têm vínculo com a Polícia Militar.

Da Redação

Nesta quinta-feira (9), o 2º Tribunal de Júri de João Pessoa divulgou que os policiais militares, acusados de envolvimento em grupos de extermínio, e que estavam presos há dez dias, foram soltos. Os mandados de prisão, para sete PMs e mais doze acusados, fez parte da Operação Águas Limpas.

As primeiras informações veiculadas na imprensa davam conta de que o Juiz José Aurélio da Cruz havia determinado a soltura dos presos. A equipe do Paraíba1 conversou pessoalmente com o juiz e ele explicou que não houve a determinação de soltura dos detidos. “Na verdade, o que aconteceu é que essas treze pessoas que foram soltas, estavam sob prisão temporária. E o prazo de prisão expirou. Então, eles tinham mesmo que ser soltos”.

O indiciamento dos acusados pedia a prisão preventiva de todos. Mas o juiz José Aurélio entendeu que, como não pesava o flagrante sobre a acusação a 13 deles, devia ser decretada a prisão temporária (por cinco dias) em vez da preventiva. Expirados os cinco dias, houve a prorrogação por mais cinco.

De acordo com o juiz, das 13 pessoas liberadas, cinco são policiais militares. Os outros dois presos que compõem a corporação da PM, identificados pelo juiz José Aurélio apenas pelos nomes de Joselito e Edimar, não foram soltos, já que estão sob prisão preventiva.

O juiz ainda informou que o inquérito já foi concluído e enviado ao Ministério Público. E, sobre o a possibilidade de os PMs serem desvinculados da Corporação da Polícia Militar, ele afirmou que isso não cabe no momento. “Essa decisão de desvincular os policiais da corporação não pode ser tomada assim. Só se pode pensar nisso caso eles sejam condenados”, explicou.