Após a conclusão do inquérito policial, a Secretaria de Segurança e Defesa Social deverá solicitar a transferência dos 17 integrantes da Al-Qaeda que comandavam o grupo do interior de unidades penais presos na operação ‘Esqueleto’ para presídios federais.
Segundo o delegado coordenador da operação, Cristiano Jacques, a organização responsável por comandar o tráfico de drogas no Estado, queimar ônibus e realizar rebeliões em presídios é também mandante dos principais homicídios violentos registrados na Grande João Pessoa.
Entre os presos está Anilton de Oliveira Ribeiro, conhecido como ‘Nenca’, apontado pela polícia como um dos principais integrantes do grupo e que seria responsável por vários homicídios. “Ele já responde a seis assassinatos, era responsável pelas execuções articuladas pelo grupo. Agora, ele está fora de circulação, sob a tutela do Poder Público”, acrescentou o delegado Cristiano Jacques.
No município de Patos, no Sertão, o mandado de prisão foi contra “Júnior Pitoco”, acusado de tráfico de drogas que cumpria pena na cidade após ser transferido do presídio PB-2, em João Pessoa, logo depois da total destruição do prédio. Segundo a polícia, ele praticava assistencialismo na comunidade do Timbó, no bairro dos Bancários, na capital, com distribuição de remédios e cestas básicas. “Ele é muito querido na comunidade, e se nós o tivéssemos detido na comunidade poderia haver uma revolta por parte dos moradores”, destacou Cristiano Jacques.
A Polícia Civil investiga a procedência de imóveis construídos pelo suspeito com dinheiro oriundo do tráfico de drogas.
Segundo o delegado Cristiano Jacques, há indícios de lavagem de dinheiro na construção de um prédio na comunidade do Timbó e casas na capital. Será instaurado um inquérito e se comprovado o crime haverá perda dos imóveis.
Mais de 240 policiais civis, 60 policiais militares e 35 da Polícia Rodoviária Federal participaram da operação. (Colaborou Luzia Santos)
