1º de abril: verdades sobre a mentira

Dia 1º de abril é conhecido como o ‘Dia da Mentira’. Psicóloga, no entanto, adverte para o risco

Uma mentira aqui, outra ali. Cotidianamente, o ser humano convive com falsas histórias e com enganos. Às vezes, a ‘mentirinha’ pode até parecer inofensiva, mas são as pequenas ‘inverdades’ que podem levar a pessoa a um quadro de compulsão de maiores dimensões.

Foi o que afirmou a psicóloga Maria Fabrícia Queiroga – especialista em Psicologia Cognitivo Comportamental -, ao explicar que, segundo os valores éticos e morais, a mentira está mais relacionada à forma de enganar e prejudicar o outro conscientemente, por isso, por menor que ela seja, não deve ser incentivada.

Além disso, quando a mentira se transforma em um quadro compulsivo, a pessoa sabe que está mentindo, mas ainda assim não consegue controlar tal ato. “É um processo, por exemplo, que surge de uma forma muito semelhante ao do vício do jogo . Esta incapacidade de controlar a mentira pode gerar um sofrimento psíquico, sendo alvo de tratamento”, alertou a especialista.

Segundo ela, o primeiro passo para tratar esse problema é que o próprio ‘mentiroso’ tenha consciência do seu estado (que traz consequências negativas). Em seguida, deve ser iniciada uma terapia psicológica a fim de reduzir esse comportamento.

A especialista enfatizou que a mentira também é um sintoma de várias patologias, como por exemplo a personalidade antissocial, em que a pessoa utiliza a mentira como uma ferramenta de trabalho. “Normalmente a pessoa está tão treinada e habilitada a mentir que é difícil os outros captarem quando ela mente. Ela o faz olhando nos olhos e com atitude completamente neutra e relaxada com o objetivo de causar danos a alguém”, completou.