81% dos jovens desperdiçam água, diz pesquisa

Pesquisa realizada por uma equipe de estudantes aponta para falta de preocupação com econômia de água na cidade.

Em tempos de seca, nível baixo de armazenamento de água e a grande possibilidade de Campina Grande ter que enfrentar racionamento, uma pesquisa realizada por uma equipe de estudantes e coordenada pelo professor Dinary Schneweiss, da Escola Estadual Aroldo Cruz Filho, localizada no bairro do Catolé, chama a atenção para um fator preocupante: 64,1% dos jovens campinenses da zona urbana não se preocupam em economizar água e 81,1% admitem que há desperdício de água em suas casas.

O estudo traçou um perfil do nível de conscientização dos jovens entre 12 e 20 anos com relação ao racional uso das águas, enfatizando que a sua conservação e preservação sugerem outras questões ligadas à educação da sociedade em proteger o meio ambiente. O levantamento coordenado pelo professor Dinary faz parte do projeto “Uso racional da água”, que tem a proposta de fazer dos jovens agentes multiplicadores de ações de preservação e conservação ambiental.

Segundo o docente, os resultados da pesquisa são muito preocupantes. “Os jovens não estão percebendo bem as consequências que esta falta de conscientização pode trazer e é preciso que alguma coisa seja feita nas escolas, através dos veículos de comunicação, por meio de coisas que façam parte do dia a dia dos jovens. É preciso mostrar claramente no que resulta o desperdício, os danos que podem ser causados na vida das pessoas por causa do desperdício”, comentou professor Dinary.

As estatísticas apontam que os jovens entre 12 e 14 anos são os menos preocupados com relação ao uso racional da água.

Dentro deste grupo, 73,8% dos entrevistados disseram ser alheios ao problema de falta de água. Entre a faixa etária de 15 a 17 anos, o índice é de 69,6% e entre 18 e 20 anos é de 52,4%. Apesar de não demonstrarem grande preocupação com a temática, 87% dos jovens responderam que economizar água não deve ser responsabilidade apenas de governo.

A maioria dos jovens (59,4%) disse que o uso irracional ocorre mais na hora do banho, mas 16,5% afirmaram na lavagem de calçadas; 12,3% com pequenos vazamentos ou torneiras mal fechadas; 6,8% com banhos de animais domésticos e 5% envolvendo descargas sanitárias, regagem de plantas, entre outros.