8º BPM admite que há pouco efetivo policial

Comandante disse que a situação é preocupante e tentou justificar que o problema de efetivo existe em todo o país.

Os municípios de Juarez Távora e de Gurinhém estão na área de abrangência do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM), onde quem responde atualmente é o major Jomário Fernandes. Ao todo, o Batalhão atende 15 municípios na região de Itabaiana, Agreste. Segundo o major, a distribuição dos policiais é feita de acordo com o efetivo da área. “Não dá para aumentarmos a quantidade de policiais nas cidades porque o nosso efetivo é reduzido. Em muitos locais só trabalhamos com dois homens”, declarou.

Em entrevista por telefone, o major admitiu que a situação é preocupante, e tentou justificar que o problema de efetivo existe em todo o país. De acordo com Fernandes, diante da realidade, a polícia não tem como dar cobertura ao município como um todo. “Infelizmente quando os policiais estão na zona rural, o Centro fica descoberto. E vice-versa”, afirmou o major. Embora tenha admitido a situação de caos, ele disse que a polícia tem se esforçado para garantir a segurança da população, mesmo com todas as limitações.

O major destacou também que são feitas operações de rotina na área do 8º BPM que resultam na apreensão de armas e prisão de pessoas foragidas da Justiça. Nos seis primeiros meses deste ano, por exemplo, 84 armas foram apreendidas em operações realizadas na região. O reforço policial nos municípios é feito por homens do 8º BPM e também da Companhia de Ingá (Agreste). “Quase todas as noites a gente elege quatro ou cinco cidades para fazer as operações, que são exitosas”, frisou.

Sobre o fato relatado por um dos policiais de que estava há mais de 24 horas sem descanso, porque estava de plantão em outro município, o comandante do 8º BPM disse que vai rever a escala. Segundo ele, alguns policiais que atuam na área de Itabaiana e moram em municípios distantes pediram para dar dois plantões seguidos, o que corresponde a uma folga ‘dobrada’. “Fizemos a concessão do plantão seguido para atender questões individuais dos policiais, mas essa escala precisa ser revista”, declarou. (Colaborou Artur Lira – Especial para o JP)