Abin investiga conexão entre presos por falsificação e grupos extremistas

Polícia acredita que homens tentavam emitir RG brasileiro para entrar nos Estados Unidos. 

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) iniciou investigação para apurar uma possível conexão entre homens presos por falsificação de documentos, em João Pessoa, e grupos terroristas internacionais. Nos smartphones dos envolvidos, enviados pela Polícia Civil da Paraíba à Polícia Federal, há imagens de armas e pessoas armadas e com trajes típicos do Oriente Médio.

O árabe Saleh Alderaibi, Feras Ali Haussn, do Iraque, e Sandro Adriano Alves, brasileiro que foi contratado como despachante, foram presos pela polícia no dia 12 de abril, quando o primeiro tentou emitir RG informando ser cidadão brasileiro, com uma certidão de nascimento da cidade de Pires Ferreira, no interior do Ceará. O caso chamou a atenção do Instituto de Polícia Científica (IPC), por ele ter comparecido ao Projeto Cidadão, no Centro da capital, acompanhado de uma escolta de três veículos de luxo, seguranças particulares e intérpretes, por não falar português. 

Nesta segunda-feira (24), mais dois membros da organização criminosa foram presos em João Pessoa. Segundo a polícia, Bahaeddine Nasser Rahal, do Líbano, e Hussein Ali Hussein, irmão de Feras, foram presos depois de uma denúncia anônima informando que os dois teriam ido até a cidade a mando da organização criminosa para ajudar os suspeitos presos no dia 12.

A polícia acredita que os documentos seriam usados para imigração ilegal para os Estados Unidos e para a Europa. De acordo com o delegado de Defraudações e Falsificações (DDF) de João Pessoa, Lucas Sá, o grupo utilizava documentos falsos para conseguir o passaporte brasileiro por ter bom reconhecimento por países da Europa e os EUA.