Acusado de matar idosa ameaça promotor de Justiça em Areia

Marcílio já responde na Justiça a vários crimes contra a pessoa e contra o patrimônio. O condenado está preso na Cadeia Pública de Areia e será transferido para Campina Grande.

Da Redação
com informações da Ascom/MPPB

Depois de ter sido condenado por homicídio qualificado contra uma idosa no município de Areia (distante 122,5 km de João Pessoa), Marcílio Gomes da Silva, de 23 anos, foi preso em flagrante por ameaçar o promotor de Justiça Newton da Silva Chagas, que atua há mais de dez anos na Comarca de Areia e por desacatar e desobedecer autoridades judiciais.

De acordo com o Sistema Integrado de Comarcas Informatizadas do Tribunal de Justiça da Paraíba (Siscom/TJ), Marcílio já responde na Justiça a vários crimes contra a pessoa e contra o patrimônio. O condenado está preso na Cadeia Pública de Areia e será transferido para um dos presídios de Campina Grande.

Testemunhas ouvidas pelo delegado Cristiano Rodrigo de Souza Brito confirmaram que Marcílio ameaçou o promotor de Justiça em pleno Tribunal do Júri. As ameaças foram feitas porque, em maio de 2008, o promotor Newton Chagas denunciou Marcílio como o autor do crime hediondo praticado contra uma idosa de 74 anos, que foi estrangulada e, depois de morta, teve o corpo queimado. O assassinato aconteceu na zona rural de Areia, no dia 11 de agosto de 2004.

Na semana passada, Marcílio foi a julgamento e o júri popular o condenou por seis votos a um a 25 anos e seis meses de prisão. O promotor de Justiça explicou que a intimidação aconteceu durante o julgamento, pois o acusado já o encarava em tom ameaçador. “Durante a leitura da sentença, ele passou a me desacatar dizendo: ‘Seu misera, quando sair, eu vou te pegar. Sua alma suja! Isso não vai ficar assim!”, disse o promotor.

Nesse momento, o juiz determinou que Marcílio se calasse, mas ele desobedeceu a ordem do magistrado e continuou a fazer graves ameaças contra o promotor de Justiça. O representante do MP solicitou ao juiz que Marcílio fosse conduzido à delegacia para autuá-lo pelos crimes praticados durante o julgamento. Na delegacia, o acusado continuou a ameaçar e a desacatar o promotor.