AL-PB discute greves dos policiais civis, delegados e defensores

Paralisação e reivindicações de trabalhadores da Segurança Pública do Estado será tema de sessão especial na Assembleia Legislativa na terça-feira (27).

Karoline Zilah

A greve dos policiais civis completa seis dias na terça-feira (27), dificultando a vida de quem precisa de serviços essenciais da segurança pública em toda a Paraíba. Neste período, a categoria rejeitou uma proposta de 10% de reajuste salarial feita pelo Governo do Estado. As reivindicações de agentes, escrivãos, peritos e ainda delegados e defensores públicos, que também estão em greve, serão discutidas nesta terça em sessão especial da Assembleia Legislativa, às 10h.

O encontro foi proposto pelo deputado Romero Rodrigues (PSDB), alegando acreditar que o governo Maranhão age com descaso com a segurança pública e falta de interesse em negociar com as categorias. Como justifica para a greve, delegados e policiais civis dizem que têm os piores salários do Brasil.

O parlamentar declarou que a sua proposta de sessão especial, além de ser solidária aos delegados, é uma forma de buscar apoio junto ao Poder Legislativo visando o fortalecimento e o atendimento dos pleitos dos delegados.

A Associação da Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia Civil (Adepdel) e a Associação dos Policiais Civis de Carreira (Aspol) informaram que vão continuar o movimento paredista se não obtiverem uma proposta que atenda às necessidades das categorias.

“Estamos indignados. Temos hoje o pior salário do Brasil. E afirmo que a greve está desencadeada, pois o descontentamento da categoria é geral”, disse Steferson Nogueira, vice-presidente da Adepdel.

A categoria não aceitou os 5% de aumento salarial oferecidos pelo Estado. Os delegados reivindicam equiparação salarial com os demais profissionais deste segmento no Nordeste, cujo piso alcança hoje R$ 9,5 mil, e o retorno da gratificação de 100% do risco de vida. Enquanto isso, as delegacias do Estado estão fechadas, contando apenas com o trabalho de 30% do efetivo.

Já os policiais civis rejeitaram os 10% de aumento oferecidos pelo Governo do Estado. “A proposta do governo está aquém das nossas expectativas”, afirmou Flávio Moreira, presidente da Aspol. Eles cobram um reajuste de cerca de 130%, aumentando os salários atuais de R$ 1.500 para R$ 3.450.