“Por mais segurança na UEPB” e “Ajude o estudante e não o assaltante” eram alguns dos pedidos dos alunos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), que realizaram um protesto na manhã de ontem para cobrar da administração da universidade um posicionamento acerca da insegurança no Campus I da instituição, que fica localizado no bairro de Bodocongó. A medida que previa uma redução de 50% dos gastos com vigilância armada foi anunciada pelo reitor Rangel Júnior no mês passado e causou descontentamento aos estudantes.
Na última semana, duas alunas da instituição foram assaltadas num ponto de ônibus que fica dentro do campus. Segundo informações de testemunhas, o fato ocorreu no final da manhã, próximo ao prédio do curso de Psicologia. Dois menores de idade abordaram as estudantes, levaram os aparelhos celulares e fugiram em seguida a pé, sem que nenhuma ação fosse tomada. O fato gerou revolta por parte dos demais estudantes.
“A gente sai de casa, vem estudar e não fica em paz. A universidade deveria ser um local que proporciona segurança, além de educação. Já sofremos nas ruas, nos ônibus e agora esses casos têm aumentado aqui. Com certeza a violência tá maior, e a reitoria tem que tomar alguma posição, é isso que cobramos”, disse Ana Lígia Alves, aluna do curso de Enfermagem.
Segundo Jhonny Willian, presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), em Campina Grande, o pedido dos estudantes é uma reivindicação justa e que deve ser atendida o mais rápido possível. “A gente tem percebido que o número de vigilantes tem diminuído bastante, com isso, nós não poderíamos ficar calados. A gente percebe que o nosso campus é muito extenso e totalmente aberto, o que facilita o acesso pra qualquer tipo de pessoa, inclusive bandidos. E com menos vigilantes na universidade, o estudante está menos seguro”, frisou o presidente. Ele contou ainda que vários estudantes já foram assaltados no local.
Conforme a assessoria de imprensa da UEPB, não houve redução no número de seguranças na instituição. O que está sendo feito é um estudo para modificar o sistema de vigilância e diminuir os gastos, mas isso ainda não foi definido e tudo continua do mesmo jeito. Atualmente, o quadro de vigilantes da instituição conta com 177 profissionais, que fazem a segurança dos cerca de 8 mil alunos do Campus I, em Bodocongó.
