Aqui se pratica solidariedade

Mesmo enfrentando dificuldades, moradores do Porto Capim encontram meios de ajudar vizinhos e amigos que precisam

Em um mundo em que o individualismo é uma constante, a solidariedade encontra meios para se fazer presente na vida das pessoas e a máxima que diz que “quem menos tem, mais divide” se torna verdadeira. Pelo menos é assim que acontece com os moradores da comunidade do Porto do Capim, no bairro do Varadouro, em João Pessoa. Nem mesmo as dificuldades que muitos deles passam, faz com que esqueçam dos vizinhos e amigos que precisam.

O assistente gráfico, Gilliard Barreto, faz parte da comunidade e afirmou que aprendeu a ser solidário desde a infância e nunca se negou a ajudar aos vizinhos e parentes que mais precisam. Ele disse ainda que, apesar de morar apenas com a esposa e o filho, sua mãe e irmãos também são seus vizinhos e que é a solidariedade é que mantém a família unida.

“Um ajuda o outro. Não temos besteira e, sempre que alguém está precisando, nós dividimos o que temos. Quando precisamos também somos ajudados. Moramos numa comunidade carente de um monte de coisa. Mas o que não falta aqui são pessoas de bom coração e que estão dispostas a trabalhar em prol do outro”, disse Gilliard Barreto.

Outra moradora da localidade confirma o que disse o assistente gráfico. A dona de casa Risolanda Holanda disse que a solidariedade é de grande importância numa comunidade carente como o Porto do Capim.

“Quando alguém daqui está precisando de um favor fazemos de tudo para ajudar. Nós vivemos com pouco e se não nos ajudarmos fica difícil. Além das coisas que fazemos uns pelos outros temos a irmã Livramento e o marido dela, o Pastor Williams, que sempre fazem ações solidárias aqui na nossa comunidade”, afirmou Risolanda Holanda.

Para tentar melhorar a vida dos moradores do Porto do Capim, a Igreja Batista Missão Porto do Capim desenvolve trabalhos de cunho solidário no local. Há mais de dez anos a instituição religiosa distribui sopa às sextas-feiras, fazem atividades com crianças e adolescentes no contra turno da escola e entregam 50 cestas básicas no final, na época de natal.

A obra é chefiada pelo pastor Williams Fernandes e sua esposa Maria do Livramento, que faz a sopa. Segundo o pastor, ajudar a quem precisa é obrigação da igreja.

“ A igreja tem como missão ajudar as pessoas. Fazemos parte da Primeira Igreja Batista de João Pessoa e um dos programas que temos é o de servir ao próximo. Aqui no Porto do Capim, fazemos sempre trabalhos com crianças e adolescentes com a finalidade de tirá-los das drogas, além do sopão que minha esposa distribui para as pessoas. É importante para nós e para eles esse tipo de trabalho que temos aqui.” comentou Williams Fernandes.

Já a Irmã Livramento, como é mais conhecida a esposa do pastor, afirmou que não sente peso nenhum em ajudar aos outros. “ Eu não tenho do que reclamar. Ver como as pessoas nos recebem e nos querem bem é importante para mim. Jesus disse que há mais felicidade em dar do que receber e eu comprovo isso todos os dias”, disse a evangélica.