Árvores de canteiros públicos apresentam fungos e cupins

Vegetação é monitorada pela Semam e espécies doentes são tratadas e até mesmo retiradas, quando é o caso.

Com fungos ou cupins, mil árvores dos canteiros e calçadas do município de João Pessoa foram tratadas no ano passado. Este número faz parte de um total de 13.360 árvores que foram estudadas em 2014 pela Secretaria de Meio Ambiente (Semam) da capital. Segundo o chefe da Divisão de Arborização e Reflorestamento (Divar) da Semam, Anderson Fontes, apenas 42 foram substituídas por estarem doentes ou secas, com risco de tombamento.

Neste ano, as vistorias da Semam chegaram a verificar aproximadamente 400 árvores das calçadas e canteiros da cidade. “Elas passaram por estudos e todas apresentaram estado de saúde normal”, garantiu o chefe da Divar. Segundo ele, a única poda realizada neste ano foi em virtude da colisão de um ônibus com uma árvore na avenida Epitácio Pessoa, no dia 9 deste mês. “No estado que se encontrava, não pudemos salvar e tivemos que retirar”, disse.

Conforme Anderson Fontes, os estudos feitos observam a raiz, o caule e a copa das árvores, dos quais são emitidos laudos técnicos, que orientam sobre o que pode ser feito. “Eles classificam, por exemplo, os tipos de fungos ou cupins, se a árvore está morrendo. Após isso tudo é visto o que pode ser feito, se a poda resolve, se tratamento de fungo ou cupim, ou, no caso, o limite é a substituição da árvore”, explicou, dizendo que a política do verde urbano é que seja evitado o corte.

A Semam realiza dois tipos de fiscalização distintas. Uma delas é a fiscalização programada pelo próprio órgão e a outra é feita de acordo com a demanda da população. “Naquela feita por meio do processo solicitado por uma pessoa, caso sinta que a árvore esteja doente e possa cair, é feita uma avaliação arbórea. Para isso a equipe vai até o local estudar e diagnosticar se há necessidade de corte”, explicou. Neste caso, é necessário preencher requerimento na Semam junto com cópias do Registro Geral (RG), Cadastro de Pessoa Física (CPF) e comprovante de residência.

Para solicitar a poda de árvores, o cidadão não precisar ir à Secretaria apresentar documentos, basta ligar para o número 8645-8544 e solicitar a vistoria.

VEGETAÇÃO PASSA POR LIMPEZA EM CG
De acordo com a Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente de Campina Grande (Sesuma), cerca de 40 árvores tiveram de ser sacrificadas na cidade no ano passado porque estavam comprometidas por algum tipo de doença. Em 2015, somente nos meses de janeiro e fevereiro, 16 tiveram o mesmo destino. Com o objetivo diminuir novas perdas, profissionais da Sesuma iniciaram ontem um trabalho de combate a fungos em árvores localizadas nas ruas centrais da cidade. A ação inicial consistiu em realizar podas, para eliminar os parasitas e de acordo com a necessidade, serão utilizados inseticidas para o controle de pragas.

De início, a ação aconteceu na Praça Clementino Procópio e várias árvores que apresentavam algum tipo de bromélia ou líquens prejudiciais, tiveram parte dos seus galhos retirados para que a limpeza fosse feita. Segundo o analista ambiental da prefeitura de Campina Grande, Daniel Luiz, esse problema acontece por causa das aves, que devido ao desmatamento em cidades vizinhas, migraram para a cidade e com elas trouxeram vários tipos de fungos. São os casos de rolinhas, anuns, e até pica-paus.

“Esses animais silvestres, que mudam para a área urbana, trazem consigo diversos micro-organismos que causam problemas nas árvores. São parasitas diversos, líquens e bromélias, que se instalam nos galhos, sugam a seiva da planta e se não fizermos o trabalho de limpeza, a situação se agrava.

Na praça Clementino Procópio, faremos o trabalho de poda e limpeza. Se isso não fosse feito, dentro de cinco anos todas elas morreriam. Em outras árvores localizadas na avenida Floriano Peixoto, teremos de fazer um tratamento a base de inseticida e calda bordalesa, para que a situação seja controlada”, revelou Daniel Luiz.

Atualmente, um levantamento está sendo feito pela prefeitura para catalogar as espécies e a quantidade de árvores que existem na cidade. A previsão é de que até o final do ano esses dados sejam conhecidos. O paisagista da Sesuma Luís Nóbrega afirmou que algumas árvores precisaram ser sacrificadas recentemente porque estavam condenadas e representavam riscos de acidentes.

Ele afirmou ainda que várias solicitações são feitas diariamente pela população, para que sejam realizadas remoções em diversos bairros da cidade. Em muitos momentos, questões de segurança são o motivo principal dos novos pedidos.

“Estamos fazendo um trabalho importante de combate aos casos de doença em árvores, para que não precisemos sacrificar novos exemplares. Em muitas situações realizamos o transplante de um local para outro, para evitar novas baixas.

Porém, precisamos avaliar cada caso e a idade das árvores, que se forem muito antigas não conseguem resistir às mudanças de ambiente. É importante lembrar também que estamos fazendo um trabalho interessante no município, em que já foram plantadas na cidade, do ano passado para cá, cerca de 7 mil mudas de árvores, em escolas, praças e ruas, para que a cidade se torne mais verde”, disse Luís Nóbrega.