Caravelas são perigo no verão

Biólogos alertam banhistas para aumento de acidentes com caravelas, que podem causar queimaduras e problemas graves.

Os banhistas devem redobrar a atenção ao frequentar as praias do Litoral paraibano, nesta época do ano. Biólogos alertam que poderá ocorrer aumento nos acidentes com caravelas e águas-vivas, devido a constante mudança de tempo que vem ocorrendo no Estado. Segundo os especialistas, a alternância entre dias quentes e chuvosos atrai esses animais para as praias, que são capazes de queimar e até de causar problemas cardíacos nas pessoas.

O professor do Departamento de Sistemática e Ecologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Ricardo Rosa, é especialista em estudos de animais marinhos. Ele explica que as águas-vivas e caravelas são espécies que flutuam na água. Elas possuem tentáculos que liberam toxinas e servem para a defesa contra predadores. No entanto, em contato com os seres humanos, as substâncias causam dor, queimaduras e ainda podem afetar o funcionamento do coração.

“Esses animais são flutuantes e vivem na superfície do mar aberto.

Costumam ficar espalhados no oceano, mas se aproximam ainda mais da costa, quando ocorrem constantes mudanças de tempo, com alternância de sol e chuva”, detalha o professor.

Não há como precisar um local em que ocorre a maior concentração das águas-vivas e caravelas. Os animais podem ser encontrados em qualquer praia do Litoral. Por serem flutuantes, acabam sendo levados pelas ondas para próximo da costa.

Por isso, além de ficar atentas quando entrarem no mar, as pessoas devem sair da água imediatamente, assim que conseguirem visualizar uma caravela ou água-viva. O motivo é que esses animais só se deslocam em grupo. Sendo assim, “onde existir um, certamente, haverá outros naquela mesma localidade. Se você não for atingido por aquele animal que visualizou, poderá ser atingido por outro”, frisa Ricardo Rosa.