Casos de tétano diminuem na PB

Dados do Ministério da Saúde apontam para uma redução nos casos de tétano registrados na Paraíba nos últimos dez anos.

Em todo o Estado foram notificados 20 casos da doença em 2001, enquanto que em 2011 esse número caiu para oito, o que representa uma redução de 60% em dez anos no número de casos de tétano no Estado, ficando acima da média do Nordeste que registrou redução de 44,1%. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, em 2012 já foram confirmados 10 casos até outubro, o que representa um pequeno aumento se comparado apenas com o ano passado.

Nos últimos 10 anos, o país registrou uma queda de 44% nos casos de tétano, os números são do estudo ‘Saúde Brasil 2012’ do Ministério da Saúde e foram apresentados durante a 12ª Mostra Nacional de Experiências Bem-sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi). Em 2001 foram notificados 578 casos da doença em todo o território nacional, já em 2011 esse número passou para 327. Os casos do tétano neonatal reduziram em 85% no mesmo período analisado.

Segundo o Ministério da Saúde, o índice de letalidade do tétano no país é de 30%.

O tétano acidental pode acometer pessoas de todas as faixas etárias que não foram imunizadas. A doença é provocada por uma bactéria, o Clostridium tetani, que contamina o organismo por meio de feridas abertas ou instrumentos perfurocortantes, como lâminas, pregos ou outros objetos pontiagudos contaminados pela bactéria causadora da doença. Os principais grupos de risco para o tétano acidental são os adultos que trabalham na agricultura, construção civil e idosos. A vacina antitetânica e o uso de equipamentos de proteção individual são a principal forma de se prevenir contra o tétano.

O serviço de imunização da Secretaria de Estado da Saúde (SES) distribui para todos os postos de saúde do Estado as vacinas contra o tétano, que são disponibilizadas nessas unidades de saúde para a população. Além das vacinas, o Soro Antitetânico também é distribuído para todos os hospitais de grande porte da Paraíba. O soro é usado em pacientes que sofrem acidentes, mas não fizeram nenhum esquema de imunização contra o tétano ao longo de sua vida.

De acordo com a coordenadora do setor de imunização da SES, Missânia Moura, a partir dos quatro meses a criança já pode iniciar o esquema de imunização com a vacina ‘pentavalente’, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenzae do tipo B e hepatite B.

Outra vacina que protege contra o tétano é a DTP, utilizada durante os reforços em crianças que já iniciaram a imunização.

Já as crianças a partir de sete anos e adultos, que nunca se vacinaram contra a doença, podem iniciar o esquema com a vacina dT, que é aplicada em três doses, com reforço a cada dez anos e as gestantes também podem realizar a profilaxia do tétano com a vacinação. “As vacinas são bem aceitáveis e a gente está vendo como é importante o impacto da vacinação no combate às chamadas doenças imunopreveníveis”, concluiu.