Quem procurar atendimento médico na Maternidade São Francisco de Assis, em Esperança, Agreste paraibano, a partir da próxima segunda-feira, encontrará as portas fechadas. O encerramento das atividades, de acordo com o diretor, Wagner Sousa, acontecerá em virtude de dificuldades financeiras, já que o desequilíbrio entre a receita e as despesas da instituição, geram um déficit de cerca de R$ 30 mil por mês. Com o fechamento, cerca de 700 atendimentos que são realizados mensalmente, nos setores de clínica médica, pequenas cirurgias e internações serão prejudicados.
De acordo com o diretor, a dificuldade já perdura por muitos anos. Ele conta que recebe repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) para o pagamento dos profissionais e do governo do Estado para o custeio. “A verba repassada pelo SUS não é atualizada há 14 anos, então isso chegou a um ponto em que não podemos mais segurar. Além de ser um valor defasado, ainda é repassado com atraso pela prefeitura. Em relação ao custeio do Estado, não temos problemas, mas não temos condições de funcionar como vínhamos.”
Com apenas um plantonista por dia para atender a população, o diretor ainda relatou que tentou um acordo com a Prefeitura da cidade, de aumentar a verba vinda do SUS, o que não foi contemplado. “Tentamos resolver com a prefeitura, por intermédio do Ministério Público, mas não obtivemos retorno satisfatório", disse.
Além da população de Esperança, a Maternidade São Francisco de Assis atende às cidades de Remígio, Algodão de Jandaíra e Areial. A reportagem tentou contato por telefone com a secretária de Saúde da cidade, Rosete Bezerra, e com o prefeito do município, mas não obteve respostas.
