Na Paraíba, as ações de combate à doença de Chagas são realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com os governos municipais. Os trabalhos são mais intensos nas cidades localizadas no Alto Sertão do Estado, como destaca o gerente do Programa de Controle à Doença de Chagas da SES, Emanuel Lira, que pesquisa o assunto há 23 anos.
“Por ser silvestre, o ‘barbeiro’ é mais presente nessa região e se abriga nas casas de taipa, onde encontra água e alimento (sangue humano), duas condições ideais para a sobrevivência”, explica.
Técnicos da SES viajam até essas localidades para dar capacitação às equipes municipais. “Fornecemos também inseticidas apropriados para o combate do ‘barbeiro’. Quando são encontrados, esses insetos são encaminhados para laboratórios, onde passam por exames. Mas a maioria não está infectada com a doença. De mil, apenas dois têm o parasita”, acrescenta.
O gestor ainda acrescenta que o tratamento está disponível na rede pública dos 223 municípios paraibanos. “Ainda temos outras ações que detêm o avanço da doença, como a assistência feita à gestante infectada, para evitar que ela transmita ao filho e também a testagem dos sangues, antes de ocorrer a transfusão”, detalha.
