Entre a comunidade evangélica, os números de divórcios também são vistos com preocupação. O pastor Estevam Fernandes (também terapeuta de casais) disse que, ao longo de 30 anos que vive em João Pessoa, celebrava uma média de 40 casamentos por ano. Essas uniões tinham duração média de 15 anos. “Para minha tristeza, nos últimos dez anos, observei que poucos casamentos chegam aos cinco anos”, afirmou.
Para ele, o divórcio é visto como a destruição da família.
“Infelizmente o que vemos é um culto a uma relação sem compromisso, na base do prazer imediato. Antigamente, a gente casava para dar certo, hoje é enquanto der certo”, criticou. “Essa realidade invadiu o mundo evangélico, que hoje é tão frágil quanto o católico”, acrescentou. A Primeira Igreja Batista de João Pessoa mantém cursos de noivos e encontro para casais, na tentativa de salvar a família.
Por fim, o pastor criticou a nova lei do divórcio. “Essa mudança estimula ainda mais a relação inconsequente, a troca constante de parceiro como uma troca de roupa”, afirmou. “A nova lei abala ainda mais a estrutura familiar que se desfaz na primeira crise. E uma das consequências é filhos sendo criados sem o verdadeiro referencial da família”, declarou Estevam Fernandes.
