CRM-PB constata falta de respiradores e EPIs irregulares em Hospital de Rio Tinto

Unidade também não possui equipamentos para realização de exames por imagem.

Foto: Francisco França/Governo da Paraíba

CRM-PB constata falta de respiradores e EPIs irregulares em Hospital de Rio Tinto

O Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) constatou que o Hospital Municipal Doutor Francisco Porto, em Rio Tinto, no Litoral Norte da Paraíba, não possui respiradores para tratamento de pessoas com Covid-19. O órgão fiscalizou a unidade na última quinta-feira (6), mas divulgou o resultado da vistoria nesta segunda-feira (10). No local, o CRM também identificou o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) inadequados, como máscaras não recomendadas pela Anvisa.

De acordo com o CRM, a unidade hospitalar em Rio Tinto também não possui equipamentos para realização de exames por imagem, e tem uma estrutura antiga e inadequada para atendimentos de pacientes em estado grave. Há outra estrutura hospitalar mais nova, inaugurada, mas sem uso.

O vice-presidente do CRM-PB, Antônio Henriques, ressaltou a necessidade de haver uma estrutura mínima para estabilização dos casos moderados e graves de Covid-19, já que os pacientes precisam ter o quadro de saúde estabilizado antes de serem transferidos para outras unidades de saúde.

O conselheiro e membro da Comissão de Enfrentamento ao Coronavírus do CRM-PB, Bruno Leandro de Souza, explicou que há uma sala de estabilização com canalização de gases e a estrutura necessária para atendimento. No entanto, o local está sem funcionamento, com aparelhos guardados na sala, que não puderam ser checados. O CRM solicitou informações aos gestores municipais.

A diretoria do Hospital Municipal Doutor Francisco Porto informou que não há necessidade de se possuir respiradores na unidade, já que ela não é uma referência para pacientes com Covid-19. A equipe também informou que não foi notificada, mas as providências acerca dos EPIs errados estão sendo tomadas.

O funcionamento da unidade hospitalar que está pronta deverá ser autorizado ao fim da tramitação da documentação, junto ao Ministério da Saúde, ainda de acordo com a diretoria do hospital.