Dois réus do ‘caso Asfora’serão julgados a partir das 9h de hoje

Réus do caso Asfora serão julgados mais uma vez, depois de vinte e cinco anos; julgamento acontece no 2º Tribunal do Júri do Fórum Affonso Campos.

Hoje, a partir das 9h, no 2º Tribunal do Júri do Fórum Affonso Campos, em Campina Grande, acontece o julgamento dos réus do caso Raymundo Asfora. Vinte e cinco anos depois estarão novamente sendo julgados a viúva do ex-vice-governador, Gilvanete Vidal de Negreiros, e o fotógrafo Marcelo Marcos da Silva. O caso tinha um terceiro suspeito, o caseiro João da Costa, mas ele faleceu.

Raymundo Asfora foi encontrado morto no dia 6 de março de 1987, com um tiro de revólver na cabeça, na Granja Uirapuru, de sua propriedade, situada no bairro de Bodocongó. À época dos fatos, o Ministério Público da Paraíba (MP) denunciou os acusados por homicídio qualificado e concurso de pessoas.

No primeiro julgamento, em Campina Grande, a maioria dos jurados entendeu que Raymundo Asfora teria cometido suicídio e os suspeitos foram absolvidos. A pedido dos advogados de parentes da vítima, o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB) anulou a sentença. Os réus, por sua vez, recorreram ao STJ, mas tiveram o recurso especial negado.

Apenas um dos réus do caso possui advogado de defesa. O fotógrafo Marcelo Marcos da Silva será defendido pelo advogado Paulo Agra. Já a viúva da vítima terá o advogado definido antes do julgamento começar, conforme informações colhidas no Tribunal de Júri. A promotoria do caso é do promotor Oswaldo Lopes Barbosa, que estudou os 14 volumes do processo.

A decisão do caso está presa à ótica dos médicos legistas que analisaram o caso. Um defende a tese de suicídio e outro ressalta a hipótese de assassinato. O representante do Ministério Público Estadual intimou os peritos criminais Domingos Techetto, especialista em balística, e Genival Veloso de França, professor de Medicina Legal, para depor no julgamento, pelo fato deles terem apresentado laudos periciais se contrapondo aos já existentes no processo.