Em protesto, índios interditam PB-041 pedindo redutores de velocidade

A manifestação, de acordo com o cacique potiguara tem o objetivo de cobrar a instalação de redutores de velocidade na estrada.

Índios da aldeia Brejinho, no município de Marcação, protestam e interditam a PB-041, entre os municípios de Baía da Traição e Mamanguape, no Litoral Norte paraibano. A manifestação já dura mais de 24 horas e, de acordo com o cacique potiguara, Sandro Gomes, tem o objetivo de cobrar a instalação de redutores de velocidade na estrada.

Segundo informações da 2ª Companhia Indepentende da Polícia Militar de Mamanguape, a interdição teve início na manhã do domingo (3) e até a manhã desta segunda-feira (4) os dois trechos da rodovia permaneciam interditados.

O cacique explicou que a interdição começou após um acidente que matou um casal de moradores da comunidade indígena, na noite do sábado (2). Segundo a PM, Genilson Americo Francisco, de 28 anos, e Maria Daguia da Silva Neves, de 24 anos, voltavam de moto da cidade de Baía da Traição quando foram atingidos por trás por um carro que seguia no mesmo sentido. Os dois foram arremessados no asfalto e morreram na hora. O motorista do veículo fugiu sem prestar socorro.

Além da interdição, os moradores da aldeia incendiraram o carro e a moto dos envolvidos no acidente. Em dois pontos da PB-041, os indígenas utilizaram os ônibus que fazem a linha João Pessoa – Baía da Traição e Campina Grande – Baía da Traição para interditar a rodovia. O fiscal da empresa, que não quis se identificar, explicou que os motoristas foram rendidos no início da manhã do domingo e os manifestantes tomaram as chaves e deixaram os veículos atravessados na pista.

Sandro Gomes acrescentou que a manifestação deve continuar até que os redutores de velocidade sejam instalados pelo Departamento de Estradas e Rodagem (DER). De acordo com ele, um acordo foi feito em conversa dele com o major Anderson e com agentes do DER, em que ficou decidido que a pista só seria liberada após eles instalarem os redutores.

Ainda segundo o cacique, apenas os moradores da aldeia e ambulâncias podem passar pelos bloqueios, e as pessoas de outros veículos só podem passar pelo local à pé. De acordo com a PM, a manifestação é pacífica e até a manhã desta segunda-feira não foram registrados incidentes no local.