Estado vai ampliar maternidades

Ampliação do número de maternidades visa reduzir a sobrecarga nas unidades de Campina Grande e garantir um melhor atendimento.

Para melhorar o atendimento no serviço de obstetrícia, o Governo da Paraíba busca ampliar o número de maternidades no Estado para que a concentração de partos não continue em poucas cidades. Como mais da metade dos partos feitos em Campina são de mães de outros municípios, Herbert Targino, promotor da Saúde, se reuniu no Ministério Público, ontem, com Waldson Dias de Souza, secretário de Saúde do Estado, para buscar alternativas para mudar esse cenário que aponta para uma sobrecarga na cidade de atendimentos na especialidade.

Segundo o promotor, em 2010 foram feitos 12.039 partos, sendo 6.334 deles de mulheres de outras cidades, enquanto que 5.705 de mulheres que residem em Campina Grande. Já no ano passado houve uma redução nesse cenário, mas ainda com superioridade de bebês de outras cidades. De 12.076 nascimentos, 6.151 foram de pessoas de fora, enquanto que 5.925 são de Campina. Para mudar esse panorama, o secretário Waldson apontou que o próximo passo é inaugurar a maternidade de Patos, que terá condições de realizar 600 partos por mês, para tentar descentralizar essa realidade.

“Estamos enfrentando uma questão judicial para inaugurar a unidade de Patos, que, quando resolvida, vai ajudar a desafogar a situação de Campina Grande. Já em outros municípios ainda estamos buscando condições de construir hospitais maiores, mas não temos uma estimativa, mas o nosso plano de governo vai desde a atenção básica da saúde até a estrutura de alto risco hospitalar”, explicou o secretário.

Herbert Targino destacou que precisa haver uma maior auditoria acerca de todas as unidades de saúde que realizam parto em Campina para que os atendimentos não fiquem concentrados em apenas uma localidade. “O que temos visto é que a maioria de partos feitos na cidade são no Isea. Se houver uma auditoria maior por parte da Secretaria do Governo do Estado, poderemos, além de melhorar o atendimento às gestantes da cidade, ainda ter outras opções em outros municípios que têm uma pactuação com Campina, mas podem oferecer os serviços de obstetrícia à sua população”, explicou. (Givaldo Cavalcanti)