Evento debate gravidez precoce

Evento foi motivado pelo alto índice de gravidez na adolescencia, e acontece até a próxima sexta-feira (11) em escolas de CG.

Os dados registrados pelo Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) demonstram o alto índice de gravidez na adolescência na região de Campina Grande. Durante o ano de 2011, 22,53% dos partos realizados na maternidade foram de adolescentes. A situação é preocupante e motivou a realização da 3ª Semana de Orientação e Prevenção da Gravidez na Adolescência, que foi aberta ontem pela manhã na Vila do Artesão. Até a próxima sexta-feira serão realizadas várias atividades em escolas da rede municipal de ensino, Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs) e Organizações Não Governamentais (ONGs), que vão abordar o tema com o objetivo de apresentar medidas preventivas para os jovens.

O levantamento da Coordenação da Saúde da Criança e do Adolescente apontou que no ano passado foram feitos 5.680 partos de mulheres que residem em Campina Grande, sendo que 1.285 destes são de garotas que tinham entre 12 e 19 anos.

Segundo Graça Carvalho, a gravidez na adolescência pode trazer vários problemas para as meninas, uma vez que o organismo ainda não está pronto para tal transformação, além de também a maioria dos casos se referir a pessoas com pouca estabilidade emocional, e de baixa renda.

“Precisamos orientar esses jovens já que ser mãe não é a mesma coisa de brincar de boneca. Temos que nos preocupar com a educação, no que diz respeito à família e à escola, e alertar para os problemas que uma gravidez indesejada pode apresentar, como: anemia, eclâmpsia, parto prematuro, baixo peso do bebê, mortalidade neonatal e materna. Nossa preocupação também passa pelas condições financeira e emocional, já que muitas dessas jovens não têm estabilidade para cuidar de um bebê”, disse a coordenadora da Saúde da Criança e do Adolescente.