“Essa suposta tentativa de assalto é uma montagem, conversa fiada”. Esse foi o desabafo de Eliandro Batista, tio de Suênia de Sousa Silva, monitora de qualidade que foi morta no último dia 7 de janeiro no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, quando saía do trabalho. Segundo o tio, a família acredita que haja um suspeito claro que teria motivação para cometer o crime: o ex-companheiro da vítima. “A gente espera que seja feita a justiça e se não encontram um culpado, que prendam ele”, desabafou.
Na opinião do tio de Suênia, há motivos concretos para crer que o ex-companheiro de Suênia seja o autor do crime, família acredita que haja um suspeito claro que teria motivação para cometer o crime: o ex-companheiro da vítima. “A gente espera que seja feita a justiça e se não encontram um culpado, que prendam ele”, desabafou.. “No passado a mãe dela veio do Rio visitar a filha e a viu espancada. Além disso, um dia antes do crime ela pediu para ser escoltada. Precisa mais de quê para prender o culpado? Existem antecedentes”, disse, revelando, sem entrar em detalhes, que ainda havia uma disputa judicial entre Suênia e seu ex-esposo por um apartamento.
As informações da família da vítima não foram confirmadas pelo delegado responsável pelo caso, Luiz Cotrim. Para o relegado, existe uma linha de investigação clara que descarta as hipóteses levantadas pela polícia. “Nós já compreendemos a dinâmica do crime e repassamos à família, que precisa aceitar. Não existe essa história de crime passional. Vamos continuar as investigações e elucidaremos o caso, fazendo justiça e ajudando essa família a dormir em paz”, finalizou.
Na quinta-feira (28), a polícia divulgou o laudo do incidente que terminou com a morte de Suênia de Souza, 23 anos, ocorrido em 7 de janeiro. Sem informações conclusivas, a perícia revela que existe a possibilidade de assassinato, o que pode derrubar a hipótese de bala perdida acatada pela polícia nas primeiras investigações, porém ainda não está confirmado o assassinato.
As informações fornecidas pela Polícia Militar (PM) no dia do crime tomaram como base o que foi contado por testemunhas que estavam no local. As pessoas disseram que dois homens em uma moto anunciaram o assalto para um grupo de pessoas que estavam na rua, no momento em que a jovem saia do trabalho e na hora dos disparos ela foi acertada. Conforme a PM, as pessoas que estavam no local afirmaram que o bandido não escolheu em quem atirar e, não conseguiram identificar os assaltantes porque eles estavam usando capacete.
Insegurança
O assalto que terminou em tragédia no início deste mês é algo constante nas redondezas do local onde a monitora de qualidade da AeC foi morta. Segundo trabalhadores do local e moradores do bairro, assaltos são diários e o medo é um companheiro constante. De acordo com o atendente de telemarketing Rubenildo Fidelis, é praticamente diária a prática de crimes nas redondezas. “A gente aqui já anda com medo. A maioria dos meus colegas de trabalho anda sem celular ou com ele escondido porque sabe que é sempre perigoso. Para quem trabalha à noite é ainda pior, porque além de tudo fica esquisito”, comentou.
A reportagem tentou entrar em contato com o comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar, coronel Sena, para questionar quanto à segurança do local, contudo ele não pôde nos atender, pois estava em uma reunião.
Saiba Mais
A delegacia de homicídios pede a ajuda da população para elucidar o caso. Denúncias anônimas podem ser realizadas por meio do Disque Denúncia da Secretaria de Segurança, o 197. A ligação é gratuita, a central atende 24h e a identidade do denunciante é preservada.