Nesta terça-feira (31) acontece, no auditório da reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o Fórum Liga Canábica com o tema Maconha: Ciência e Política de drogas. O evento tem início às 9h, com palestra e mesa redonda, e é focado em discutir a liberação do uso terapêutico da erva.
A vice-presidente da Liga Canábica, Sheila Geriz, possui um filho que utiliza o óleo de Cannabis para evitar convulsões há 4 anos. Ela decidiu começar o tratamento com a erva por já ter tentado outros métodos, que não surtiram efeito. “A gente já tinha tentado de tudo e ele continuava tendo um alto número de convulsões por dia”, relatou.
Ela decidiu, então, tentar o tratamento com o óleo – a contragosto dos três neurologistas que acompanhavam o tratamento do menino. “Nenhum deles queria prescrever a medicação por ela ser ilegal no Brasil. A gente decidiu importar ilegalmente dos Estados Unidos”.
O filho, de 9 anos, contraiu pneumonia no berçário, gerando paradas respiratórias. O resultado disso foi um lesão cerebral por falta de oxigenação no cérebro, ocasionando a síndrome de West, um tipo de epilepsia muito difícil de se controlar.
Sobre a liga
“A liga surgiu dessa luta primeira de conseguir importar o medicamento”, contou a vice-presidente. Depois que ela conseguiu a autorização judicial para importação do medicamento à base de maconha, outras famílias recorreram a ela para também conseguir.”Era uma situação de necessidade criar uma associação. Muitas famílias me procuravam pedindo orientações para conseguir a autorização judicial”.
Em setembro de 2015, foi feita uma assembleia de fundação e foi criada a Liga Canábica da Paraíba. A finalidade da liga é tornar acessível as políticas públicas em favor da maconha medicinal e o cultivo próprio da planta.
