Gevisa apreende 1,5t de carne sem Selo de Inspeção Municipal

De acordo com o órgão, são apreendidos e incinerados mensalmente, cerca de 200 quilos de carne sem o selo de inspeção.

A fiscalização da Gerência de Vigilância Sanitária (Gevisa) de Campina Grande já superou a marca de 1,5 tonelada de carne apreendida este ano na cidade sendo vendida sem o Selo de Inspeção Municipal (SIM). Pelo menos foi essa a estimativa do órgão municipal que confirmou que a média por mês de apreensão e incineração do alimento chega a 200 quilos de carne que são comercializados, principalmente nos finais de semana e em feiras livres na periferia da cidade.

Apesar de Campina Grande contar com a existência de selos que atestam a qualidade do produto, a Gerência apontou que ainda existem na cidade cerca de 15 matadouros clandestinos que continuam abatendo os animais com pouca atenção à higiene e fornecendo o alimento em condições que podem prejudicar a saúde dos consumidores, já que para funcionar dentro da lei, o local onde os animais são mortos deve atender as exigências previstas no Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa).

“Nos primeiros meses do ano, nós apreendemos um grande número de carne sem identificação. Esses alimentos são oriundos de matadouros que não têm condições higiênicas para fornecer o alimento e representam um perigo real para a sociedade. Mês passado, por exemplo, apreendemos e incineramos cerca de 300 quilos de carne sem o selo SIM, mas a média que temos esse ano é de 200 quilos”, apontou Luciano Diniz dos Santos, inspetor da Gevisa de Campina Grande.

MULTA
Além de perder todo o alimento considerado sem procedência, a Gevisa também pode multar o estabelecimento, lavrando uma autuação que vai de R$ 120,00 e pode chegar a até R$ 500 mil.

Contudo, segundo o inspetor, até o momento nenhum açougue da cidade recebe uma notificação alta. “A multa varia de acordo com a quantidade de alimento apreendido. Como em cada estabelecimento fiscalizado são apreendidos poucos quilos, as multas não são altas”, acrescentou.

De acordo com a Gerência de Vigilância Sanitária , o único matadouro regulamentado da cidade funciona com trabalhadores com fardamento adequado (com luvas, máscaras, botas e avental), além do animal ser mantido em jejum de 12 horas antes de ser morto, estando em boas condições de saúde. Por semana, cerca de 160 animais são abatidos no local.

A produção média no abatedouro é de 500 quilos por dia, que conta com três veterinários e seis auxiliares de inspeção que acompanham todo o processo de abate.