Guarda municipal ameaça parar em João Pessoa

Categoria reivindica reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho, e decidiu cruzar os braços nos dias 31 deste mês e 1º de janeiro.

Em uma assembleia realizada na tarde da última sexta-feira, os guardas civis municipais de João Pessoa ameaçaram paralisar as atividades nos próximos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2015. A mobilização da categoria é para reivindicar reajuste salarial, fardamento e regularização da carga horária de trabalho.

Segundo informações do presidente do Sindicato Municipal da Guarda Civil da capital, Joalisson Barros, o piso salarial da categoria está defasado se comparado aos rendimentos das guardas municipais de municípios vizinhos, como Bayeux e Cabedelo. “A Guarda Civil de João Pessoa tem o pior salário do Estado. Temos o piso de R$ 805 e estamos lutando para que nosso salário chegue a pelo menos R$1.200, acompanhando o reajuste do salário mínimo. Para complementar a renda nós temos que fazer muita hora extra e a carga horária fica extrapolada”, disse o sindicalista, lembrando que há casos em que guardas trabalham até 80 horas por semana.

Além da melhoria salarial, os guardas municipais pedem ainda melhorias nas condições de trabalho, como a disponibilização de fardamentos. Segundo o presidente do sindicato, os guardas trabalham com fardas compradas pelos próprios profissionais e não cedidas pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Cidadania (Semusb).

“A farda do grupo tático, por exemplo, é comprada por nós, além de alguns equipamentos de proteção. No Ministério Público Estadual já existe uma ação nossa em relação a isso e cobrando melhorias nas condições de trabalho. Por isso, vamos parar no dia 31 e 1º de janeiro”, disse Joalisson Barros.

Sem resposta
A reportagem tentou contato telefônico com o secretário municipal de Segurança Urbana e Cidadania, Geraldo Amorim, para comentar o assunto. Mas até o fechamento desta edição o celular dele estava desligado.