IAB e UFPB querem evitar demolição de conjunto urbanístico

IABrasil e Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)  irão a intermediar o debate.

A repercussão da demolição de parte da fachada (platibanda) da Escola Olivina Olívia, inclusive nas redes sociais, denota para o presidente do IAB-PB, Fabiano Melo, a preocupação de vários setores da sociedade acerca da forma como vem sendo conduzidas as reformas de alguns edifícios públicos de valor patrimonial na capital, a exemplo do Hotel Globo e do Espaço Cultural José Lins do Rego. “Não obstante à necessidade de manutenção e adaptação de edificações com valor cultural às demandas contemporâneas, é fundamental que estas sejam realizadas a partir de amplo e adequado debate com os agentes de salvaguarda patrimoniais e com rigor técnico”, frisou.

Segundo o presidente, o Instituto de Arquitetos do Brasil, em parceria com o Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), estão dispostos a intermediar o debate e contribuir para que sejam tomadas as medidas cabíveis no sentido de evitar a descaracterização ou demolição do edifício em questão.

“Aproveitamos a oportunidade para convocar toda a sociedade, como instituições, sociedade civil organizada e universidades, a iniciar um debate ordenado em relação ao patrimônio arquitetônico da nossa cidade”, disse.

Embora a Secretaria de Estado da Cultura ter informado que o prédio da Escola Olivina Olívia foi edificado na década de 1950, conforme explicações de Fabiano Melo, marco do novo arranjo do sistema educacional paraibano, o edifício em questão foi projetado nos anos de 1930 para ser a Escola de Aplicação.

“Tombado pelo Iphaep em 1980, a atual escola estadual é parte indissociável de um conjunto que inclui, junto com as demais edificações educacionais, a avenida Getúlio Vargas e a urbanização do Parque Solon de Lucena. Além do inegável valor histórico, este conjunto é uma representação local de importantes elementos da arquitetura moderna brasileira”, destacou.