Um mês após o incêndio que destruiu nove boxes, danificou 33 e causou prejuízos a vários comerciantes do Shopping Popular Edson Diniz, em Campina Grande, ainda são visíveis no local algumas situações de improviso que podem colocar em risco a segurança de lojistas e clientes.
No segundo pavimento do prédio, onde ocorreu o incêndio, ainda é forte o odor deixado pela fumaça, que incomoda quem passa apenas alguns minutos no local. Além disso, ainda são visíveis fios soltos e ligações improvisadas na rede elétrica, problema que pode justamente ter ocasionado o incêndio do dia 9 de fevereiro. Algumas melhorias aconteceram no local, como a instalação de extintores, a retirada de objetos dos corredores e o trabalho de reforma dos boxes destruídos.
De acordo com os comerciantes Sérgio Araújo e Josiene Bonfim, que tem uma loja de eletrônicos em frente aos boxes atingidos pelo incêndio, algumas coisas mudaram depois do incêndio. A loja dos comerciantes, que antes disso já tinha toda a fiação embutida, e que diariamente é desativada por meio de uma chave para evitar acidentes, por pouco não foi atingida pelas chamas. Mesmo assim o prejuízo foi de R$ 15 mil, por conta da fumaça e da água utilizada para combater o fogo, que danificou os equipamentos.
“Segundo os bombeiros, foram essas medidas que evitaram que o boxe pegasse fogo. Apesar de importante, quase ninguém tem esse cuidado aqui. Ainda tem gente que infelizmente não percebeu o perigo e insiste em agir errado”, relatou Josiene Bonfim.
Já o presidente da associação que administra o shopping, Jobson Alves, informou que está atento a essas questões e que vai denunciar ao Ministério Público os comerciantes que estiverem descumprindo o acordo firmado para reabrir o shopping.
“Sempre há três ou quatro que agem dessa forma, mas já tomei as providências para que todo mundo não pague por essas pessoas”, declarou.
Ao falar sobre o assunto, o secretário de Obras do município, André Agra, informou que os projetos para reforma do shopping devem ser concluídos em 30 dias. “Vamos reformar a parte de eletricidade e de prevenção a incêndio por completo. Nos comprometemos com o Ministério Público e, uma vez finalizados e aprovados os projetos, começamos as obras em menos de 15 dias”, disse.
Sobre os fios soltos e ligações elétricas, André Agra afirmou que essas fiações estão cortadas e passaram por reparos iniciais para que o shopping pudesse reabrir com segurança. “Temos equipes da Defesa Civil monitorando o local diariamente e reduzimos a carga elétrica em 60%. Sendo assim, o shopping está em condições de funcionar”, concluiu.
