Mais de 40% das rodovias da Paraíba apresentam problemas

Índice representa uma melhora, pois em 2014 eram 59,93% em situação problemática. Pesquisa da CNT aponta deficiência em pavimentação, sinalização e geometria.

A qualidade das rodovias federais e estaduais que passam pela Paraíba melhorou este ano em relação a 2014, mas 43,8% ainda são avaliadas com deficiência em relação a pavimentação, sinalização ou geometria das vias. Os dados são do ranking elaborado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) este ano, que foi divulgado na manhã desta quarta-feira (4). Nesta pesquisa, 22,1% são consideradas em estado regular, 12,9% em estado ruim e 8,5% péssimo. No ano passado, 59,93% dessas rodovias não foram consideradas em condições adequadas de segurança e desempenho.

A pesquisa sobre rodovias é realizada pela CNT há dezenove anos e, em 2015, os pesquisadores percorreram mais de 100 mil quilômetros de rodovias, entre toda a malha rodoviária federal e os principais trechos estaduais pavimentados do Brasil. Durante o estudo, foram analisadas as características de pavimento, sinalização e geometria das vias. Este último foi o pior elemento das estradas que cortam a Paraíba. A geometria da via de 30,8% das rodovias pesquisadas no Estado foi considerada péssima. Nesta característica, itens como presença de pontes, viadutos e acostamentos, perfil da rodovias e condições de curvas perigosas são avaliadas.

Também na Paraíba, 41,1% da sinalização das rodovias apresentam algum tipo de deficiência. Nesta categoria, 10,7% estão péssimas, 4,4% são consideras ruins e 26% regulares.A maioria das superfícies de pavimento dessas estradas não está em perfeitas condições, já que 38,4% aparecem desgastadas, 16,3% delas aparecem em trincas em malhas/remendos e 1,8% apresenta afundamentos, ondulações ou buracos. A PB-386 e a BR-361 foram consideradas péssimas em todos os itens pesquisados nos 56 quilômetros analisados.

Em relação a todo o território brasileiro, 42,7% das rodovias brasileiras foram consideradas boas ou ótimas esse ano, enquanto no ano passado esse número foi de 37,2%. O percentual de estradas em condições inadequadas de segurança e desempenho caiu 62,1% no ano passado para 57,3% em 2015.