Há alguns dias se propaga nas redes sociais e conversas de aplicativos a informação de que o surto de microcefalia registrado na região Nordeste estaria relacionado à vacinação contra a rubéola e não ao contágio pelo zika vírus. Em sua página social, o Ministério da Saúde se prontificou a desmistificar a informação.
De acordo com o órgão, todas as vacinas ofertadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) são seguras e não há nenhuma evidência de que possam causar microcefalia. Ainda segundo o Ministério, as vacinas são fundamentais para proteger o bebê contra doenças graves e nenhuma das vacinas administradas durante a gestação contém vírus ou outros agentes vivos.
No último dia 1º, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da rubéola, depois de cinco anos sem registros de casos de transmissão da doença. O reconhecimento foi entregue pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ao ministro da Saúde, Marcelo Castro.
Para receber o título, o Brasil teve que comprovar à OMS que desde 2008 não registra casos de rubéola e desde 2009 não registra casos de síndrome da rubéola congênita. Em abril a OMS reconheceu toda a América como a primeira região do mundo a alcançar a eliminação da rubéola e da síndrome.
Na época, Marcelo Castro ressaltou que o título foi recebido por causa de um esforço de vacinação em massa de mulheres entre 20 e 39 anos, que começou no início da década passada. “Nada é mais efetivo para a saúde publica do que as vacinas, e foi esse trabalho intenso da vacina em massa contra a rubéola que nos levou a esse certificado.” Segundo o ministro, apesar dos recentes casos de sarampo no nordeste do Brasil, a OMS está analisando se o país também pode ser considerado livre dessa doença.
Vacinação
O calendário nacional de vacinação prevê que a vacina da rubéola deve ser aplicada aos 12 e 15 meses, (dentro da tríplice viral – sarampo, caxumba e rubéola). Ela é uma vacina produzida com vírus vivos e atenuados, que não são capazes de provocar as três doenças. É possível tomar essa vacina em outros momentos da vida, mas nunca durante a gestação.
A vacina contra a rubéola é especialmente indicada para mulheres em idade fértil – entre 15 e 29 anos – para evitar pegar a doença durante a gravidez. As mulheres grávidas que não foram vacinadas antes da gestação devem receber a vacina somente após o parto."