A fama de operador de milagres aumentou muito, mesmo depois da morte de Frei Damião. Em João Pessoa, o nome do religioso é usado por uma maternidade pública, que funciona no bairro de Cruz das Armas. Em frente à instituição, existe uma imagem dele.
A quantidade de fitas, pedidos e velas deixados no local mostra o tamanho da devoção. Mesma situação vive um proprietário de uma empresa de ônibus, que também passou a fazer orações e expressar, aos funcionários, a crença depositada no frei. Na frente da sua empresa também tem uma imagem em homenagem ao religioso.
Em Guarabira, há um memorial criado em homenagem ao frei, que recebe romeiros de todas as regiões do Nordeste. Por ter sido a última cidade em que o religioso passou, antes de adoecer e falecer, o município realiza todos os anos festividades para lembrar a vida do missionário. No último domingo, houve uma caminhada na cidade, que começou na catedral e terminou no Memorial de Frei Damião. Há mais de 10 anos, a Igreja Católica abriu o processo de beatificação e canonização para transformar Frei Damião em santo. Segundo o monsenhor José Nicodemos, que é um das autoridades eclesiásticas envolvidas no assunto, a etapa brasileira do procedimento já terminou na última quarta-feira. “O processo é longo, porque é preciso reunir todos os depoimentos e testemunhas de curas e milagres realizados, além da publicação da vida e do trabalho dele”, explica. Nicodemos aparece, ao lado de outras pessoas, no processo como testemunha de milagres operados pelo frei. A documentação completa está pronta.
