Inaê Teles
O promotor da Saúde, João Geraldo, entregou um ofício ao secretário de Saúde da Paraíba, Waldson Dias de Souza, que cobra uma resposta sobre a abertura de um concurso público para suprir a falta de médicos efetivos na rede estadual. O documento, enviado em caráter de urgência, deve ser respondido até a quinta-feira (2) e serve de base para que, caso necessário, o Ministério Público entre com uma ação civil pública.
“O secretário diz que concorda com o MP, mas que no momento a Lei de Responsabilidade não permite realizar todas as mudanças necessárias. Para firmar o compromisso com o secretário, foi enviado o ofício que vai oficializar a posição de Waldson Souza. “A perspectiva do MP é que o edital seja publicado no começo do segundo semestre”, disse o promotor João Geraldo.
Pelo ofício, o secretário tem 48 horas para detalhar a data do concurso, os valores das remunerações e a quantidade de vagas. Como o documento foi entregue na terça-feira (31), a resposta deve ser dada até esta quinta-feira (2). A reportagem do Paraíba1 tentou entrar em contato com o secretário, mas os telefonemas não foram atendidos.
O problema, segundo o Ministério Público, é que faltam médicos efetivos nos hospitais da rede estadual. Na última sexta-feira (27), 23 médicos cooperados do Hospital de Emergência e Trauma paralisaram as atividades e 15 efetivos ameaçaram entregar os cargos em 72 horas.
A categoria se reúne, nesta quarta-feira (1º), às 12h no Conselho Regional de Medicina da Paraíba para votar a proposta do governo que garante plantões de 12 horas por R$ 1 mil para os médicos cooperados.
Por enquanto os médicos da Polícia Miliar devem realizar atendimentos nos hospitais da Paraíba para suprir a falta de médicos na unidade.
