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VIDA URBANA

Na Paraíba, 365 pessoas estão à espera de um transplante

Demanda é mais que o dobro da quantidade de procedimentos realizados em 2014, que foi de 180 cirurgias.

Publicado em 26/02/2015 às 6:00 | Atualizado em 21/02/2024 às 12:36

A necessidade estimada de realização de transplantes é duas vezes maior que o número desses procedimentos feitos na Paraíba, no ano passado. Isso acontece porque o número de doadores é bem menor do que a demanda. A consequência é uma lista de espera de 365 pacientes. Em 2014, foram realizados apenas 180 transplantes. Além disso, houve uma redução de 17,43% no número de procedimentos em 2014 com relação às cirurgias feitas em 2013, que foi 218.

A conclusão é do Registro Brasileiro de Transplantes (RGB), divulgado pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Do total de transplantes feitos em 2014 na Paraíba, exatos 140 foram de cirurgias para troca de córneas, 39 de rins e apenas uma de fígado. Os demais transplantes, como o de pâncreas, coração e pulmão não tiveram registro.

O campeão da fila de transplantes na Paraíba é o de córneas. Em 2014, 216 pacientes estavam na fila à espera do órgão, bem como 148 esperavam ter os rins transplantados. A lista de espera é dividida em potenciais doadores, àqueles que se cadastram mas que não obrigatoriamente doam, e os doadores cadastrados que são os que concretizam a doação.

De acordo com o ABTO, o Brasil é o segundo país do mundo em número de transplantes. A doação e alocação de órgãos é um processo trabalhoso e delicado que depende do crédito da população no sistema e do comprometimento dos profissionais de saúde no diagnóstico de morte encefálica. Entre as causas do pequeno número de doações é justamente a falta de autorização dos familiares, que muitas vezes preferem não realizar a doação.

Outro fator que contribui para o número reduzido de doações é também a falta de notificação de potenciais doares nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), pelos médicos intensivistas que ainda é elevada e igual a 46%, de acordo com a ABTO.

Segundo o presidente da Associação de Renais Transplantados e Doadores da Paraíba (Renais-PB), Carlos Roberto da Silva Lucas, no ano passado só na lista de pacientes para transplante renal existiam 280 pessoas e cerca de 2.000 faziam hemodiálise. Em 2014, foram feitos 48 transplantes renais, número menor do que o do ano anterior, que foi de 52.

Conforme o representante dos pacientes renais, existe uma grande deficiência na Paraíba de hospitais que são credenciados pelo Sistema Nacional de Transplantes. "Em todo o Estado apenas existe um hospital público que faz o procedimento, que é o Hospital Antônio Targino, localizado em Campina Grande", disse.

Ainda de acordo com a associação, dos 39 transplantes de rins feitos no ano passado, 22 foram de doadores vivos e 17 de falecidos. Já em 2013, o número de doações foi maior entre doadores falecidos. Foram contabilizados 25 doadores vivos e 28 falecidos.

Carlos Roberto, além de representar a causa, é também um paciente transplantado. Antes de receber um rim, ele ficou um ano e quatro meses na lista de espera. “A maioria dos pacientes renais moram na capital e tem dificuldade de se deslocar por conta do custo da viagem para Campina Grande onde são realizados gratuitamente os exames pré-transplantes e a cirurgia. Os que estão se preparando para fazer a cirurgia, perdem a consulta e acabam adiando o processo e muitas vezes não resistindo”, declarou.

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Jornal da Paraíba

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