Negócios do setor da alimentação são responsáveis por retomada da economia na cidade

Em setembro, desde ano foram registrados 39% mais cadastros de pequenos negócios que no ano anterior.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Negócios do setor da alimentação são responsáveis por retomada da economia na cidade
Negócios do setor da alimentação são responsáveis por retomada da economia em Campina Grande. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Completando 156 anos neste domingo (11), o município de Campina Grande tem registrado um aumento no número de pequenos negócios, o que tem gerado a retomada da economia no município após meses de isolamento social causados pelo Covid-19. Se comparados os números de pequenos negócios abertos nos meses de setembro deste ano e do ano anterior, dados da Receita Federal apontam que em setembro desde ano foram registrados 39% mais cadastros. De acordo com especialista, o setor de alimentação é o que tem gerado mais procura por consultorias de pessoas interessadas em abrir novas empresas. 

Somente em setembro deste ano, foram 703 novos pequenos negócios registrados em Campina Grande (sendo 601 microempreendedores individuais, 89 microempresas e 13 empresas de pequeno porte). No total, a Rainha da Borborema hoje possui 33.478 pequenos negócios, um aumento de 15% em relação ao mês de setembro de 2019, quando esse número era de 28.908. Se considerados os dados de novos registros do mês de setembro de 2019, foram 505 novas inscrições durante o mês (430 microempreendedores individuais, 69 microempresas e seis empresas de pequeno porte). 

Alimentação

Segundo a analista técnica do Sebrae Paraíba, Kamila Azevedo, os últimos meses têm registrado um aumento no número de procura por consultorias em relação aos pequenos negócios voltados para a alimentação. “Como se trata de um item de primeira necessidade, as pessoas não deixam de comprar, e o que acontece na verdade é uma adaptação dos negócios”, disse. 

De acordo com ela, o isolamento social mudou o comportamento do consumidor, e as ferramentas digitais, a exemplo dos aplicativos que praticam a comercialização, tendem a ser cada vez mais procurados pelo cliente. “É inquestionável que as empresas que possuem uma cultura digital têm melhores condições de ultrapassar essa crise provocada pela pandemia do Covid-19”, destacou.

A analista destacou também a importância digital atrelada à visibilidade da marca, tendo em vista o maior alcance no número de clientes, o que reflete diretamente nas vendas. “O digital se tornou essencial para manutenção do negócio”, disse. Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o Sebrae apontou que, na Paraíba, aqueles que conseguiram aumentar o seu faturamento, mesmo durante a pandemia, adotaram as seguintes estratégias no estado: 54% delas passaram a vender mais online, 35% passaram a fazer mais delivery, e 27% responderam que o seu serviço ou produto era considerado essencial.

Novas unidades

Negócios do setor da alimentação são responsáveis por retomada da economia na cidade
Unidade de restaurante foi inaugurada nesta quinta-feira (8) em Campina Grande. Foto: Rondinelle de Paula/Cortesia

O chef Onildo Rocha, por exemplo, inaugurou um novo restaurante em Campina Grande nesta quinta-feira (8). Segundo ele, a decisão de abrir um novo negócio na Rainha da Borborema já havia sido tomada desde antes da pandemia, mas os planos haviam sido adiados devido às mudanças causadas pela doença. “Mas agora, tá sendo um prazer ainda maior para a gente abrir esse negócio nesse momento de retomada, justamente porque temos essa pegada de trabalhar a cadeia produtiva local”, disse.