Após quatro anos de redução gradativa, o número de homicídios em Campina Grande voltou a crescer. Entre janeiro e junho deste ano, já foram registrados 84 assassinatos na cidade, tendo havido um aumento de 12% em relação ao mesmo período no ano passado, quando ocorreram 75 homicídios no primeiro semestre.
Apesar do aumento, o índice ainda é bem menor do que o registrado no mesmo período em 2013, quando ocorreram 105 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI). A Polícia Civil destaca que a situação está dentro do esperado e que continuará trabalhando para voltar a reduzir os índices.
A delegada também destacou que a maioria dos casos de assassinados em Campina Grande ainda envolvem tráfico de drogas e que o crime de homicídio, além de ser difícil de evitar, também é o mais complicado de investigar.
67% de elucidação
Apesar do aumento nas ocorrências, a Polícia Civil tem acompanhado os dados com um alto número de prisões. Somente este ano já foram presas 57 pessoas acusadas de praticarem homicídios, caracterizando 67,8% de elucidação. A delegada sublinhou que os inquéritos também são de crimes praticados em anos anteriores.
“A Polícia Civil tem uma atribuição repressiva aos crimes e é isso que estamos fazendo, trabalhando em cada caso com dedicação. Mesmo sem ter a característica preventiva, nós também temos atuado em parceria com a Polícia Militar e poder judiciário, em campanhas como a ‘Conte até 10’ que ajuda bastante, na conscientização de crimes motivados por conflitos entre pessoas”, destacou Maíra Roberta.
Acusados de homicídios representam 28% do total de prisões em CG
Ainda de acordo com os dados estatísticos da Polícia Civil, o número de presos acusados de homicídios somam 28,9% do total de pessoas que foram presas na cidade este ano. Até o dia 30 de junho, ocorreram 197 homicídios, que envolveram ainda outros crimes, como roubo, furto, agressão, estelionato e outros.
Além da delegada Maíra Roberta, a Delegacia de Homicídios da Polícia Civil de Campina Grande possui mais três equipes de investigação que são lideradas pelos delegados Antônio Lopes, Francisco de Assis e a delegada Tatiana Matos. Cada equipe conta ainda com um escrivão e quatro agentes de investigação que atuam de maneira integrada.
