Da Redação
Após uma estudante africana ser agredida, verbal e fisicamente, dentro das instalações da Universidade Federal da Paraíba, estudantes e membros de Organizações Não Governamentais realizam um protesto na UFPB.
A manifestação, que acontece na manhã desta quarta-feira (26) na Praça da Alegria, localizada no Centro de Ciências Humanas, tem como objetivo abordar três pontos: racismo, violência contra mulher e a insegurança dentro da universidade.
A estudante de Letras, Chadidjatu Cassama (foto), de 23 anos, disse ter sido xingada e ainda agredida com um chute no abdômen por um representante de cartões de crédito, na última segunda-feira (24) na universidade. Ontem, ela prestou queixa na Polícia Federal.
Os membros da Associação das Mulheres Negras da Paraíba (Bamidelê) e do Cunhã Coletivo Feminista, se mobilizaram na universidade para prestar apoio à estudante agredida e conscientizar a população sobre os crimes de racismo e violência contra a mulher.
“Vamos monitorar para que o caso nem fique perdido e nem que o acusado fique impune”, alertou Perlúcia Silva, coordenadora da ONG Bamidelê.
Isto porque a primeira delegada designada para cuidar do caso, Juvanira Holanda (foto), da 4ª Delegacia Distrital do Geisel, disse que não houve crime agressão contra a estudante.
O presidente do Conselho de Defesa dos Direitos do Homem da Paraíba, procurador da República Duciran Farena, pediu na terça para que o secretário de Segurança e Defesa Social Gustavo Gominho afastasse Juvanira e designasse um outro delegado para cuidar do caso.
