Ônibus: STTP vai mapear abrigos

Levantamento começa na próxima semana e após a contagem um plano será traçado para recuperação e instalação de novos

O simples ato de esperar a chegada do ônibus, seja para ir ao trabalho, escola, universidade, ou mesmo com o objetivo de realizar outras atividades do dia a dia, às vezes pode se transformar em um momento estressante e desagradável, principalmente no período quente. Frequentemente, o transporte coletivo não passa no horário determinado, e, para isso, passageiros precisam buscar alternativas para escapar do sol forte em paradas que não têm estrutura. Alguns pontos de ônibus, além de não possuírem abrigo para a proteção das pessoas contra a incidência dos raios solares, também não dispõem de bancos para acomodar confortavelmente os passageiros.

Não é preciso andar muito para encontrar algumas paradas de ônibus danificadas em Campina Grande. No bairro da Palmeira, por exemplo, a árvore termina ajudando a minimizar o efeito do calor enquanto os passageiros aguardam a passagem do ônibus.

Atualmente, a Superintendência de Trânsito e Transporte Público (STTP) dispõe de mil paradas catalogadas, mas esse número já é bem maior e só será contabilizado na próxima semana após um levantamento que está sendo feito pelo órgão para mapear todos os pontos de ônibus existentes na cidade, levando em consideração o número de rotas e trajetos.

Após o mapeamento, um plano será traçado para melhorar as condições dos abrigos existentes. Em locais em que há apenas piquetes, sinalizando as linhas que passam pelo local, com base nos estudos, serão colocados novos abrigos para acomodar os usuários de transporte coletivo. Cerca de 200 ônibus circulam por dia, em Campina Grande, transportando aproximadamente 100 mil pessoas.

A estudante de Comunicação Social da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Amandha Freire, 28 anos, é usuária do transporte público do município. As linhas mais utilizadas por ela são a 303 e 333. De acordo com a universitária, algumas paradas de ônibus precisam melhorar suas estruturas para abrigar os passageiros e oferecer mais informações sobre as linhas, rotas e horários. Em alguns bairros, quem precisa aguardar pela chegada de um ônibus, necessita enfrentar o calor, típico dessa época do ano, pois algumas paradas não oferecem abrigo para proteger os passageiros da exposição ao sol. A falta de segurança também preocupa a jovem, pois frequentemente, os passageiros são abordados por bandidos e menores, principalmente no centro da cidade.

“Estive recentemente em Curitiba e lá os abrigos de ônibus são todos climatizados. É uma estrutura muito boa e nos sentimos seguros e confortáveis. Infelizmente, em Campina Grande, para a gente esperar o transporte no horário entre 12h e 15h, é muito complicado, por causa do calor excessivo. Em alguns locais, não há cobertura e em outros, ela não comporta a quantidade de pessoas que estão a aguardar. Dessa forma, a melhor solução é tentar se proteger com sombrinhas ou outros utensílios que bloqueiam um pouco os raios solares e torcer que a espera não seja tão longa. No centro da cidade, tenho receio dos assaltos e dos menores que nos importunam, quando a gente aguarda sentada. Aliás, se estiver muito calor, não dá para sentar, porque o material utilizado em alguns abrigos esquenta muito”, revelou a estudante Amandha Freire.

Segundo a gerente de transportes da STTP, Araci Brasil, uma parceria está sendo mantida com a gerência de operação de trânsito do órgão para que um projeto de melhoria dos abrigos já existentes seja apresentado e as alterações possam ser implementadas ainda este ano. “Assim que terminarmos o levantamento sobre a quantidade de paradas de ônibus e a localização delas, procuraremos adaptar os abrigos antigos e instalar outros, para que a população possa dispor de mais conforto, informação e se proteger das intempéries. Para que isso possa acontecer, abriremos uma licitação e por meio de um pregão, contrataremos a empresa que oferecer o menor preço pelos serviços. Esperamos que todo o processo aconteça da forma mais rápida possível e ainda no primeiro semestre possamos colocar em prática, o planejamento que foi feito”, disse.